Idosa chora ao vivo ao falar de fome e repórter se emociona: 'soco no estômago'

'Domingo a gente não tinha nada para comer. Eu estou desempregada, está muito difícil', relatou

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  • Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2022 às 16:13

. Crédito: Reprodução

Em uma reportagem ao vivo sobre insegurança alimentar no programa "RJ1", da TV Globo, uma idosa chorou ao relatar sua situação e a da família. Identificada como Dona Janete, ela contou estar desempregada e sobre a morte de parentes.

Em conversa com a repórter Lívia Torres, Dona Janete também emocionou muitos internautas.  "São cinco [pessoas em casa para comer]. Eram seis com a minha filha que faleceu, fez dois anos agora, e o meu marido faleceu também, faz seis meses", disse, em lágrimas.

A repórter interveio: "A gente tocou num ponto difícil para a senhora, peço desculpas", disse. A reportagem era sobre o programa Prato Feito Carioca do Andaraí, da Prefeitura do Rio de Janeiro, que distribui refeições para quem está em situação de insegurança alimentar.

Dona Janete retomou o assunto, afirmando não ter alimento em casa.

"Domingo a gente não tinha nada para comer. Eu estou desempregada, está muito difícil. Eu estou catando latinha, mas não dá. Eu não tenho ajuda de muita gente, então domingo a gente não tinha mesmo nada. Está muito difícil".

A repórter não conseguiu esconder a emoção e, com a voz embargada, finalizou a entrevista. "Agradeço gentilmente a sua participação. Não esperava isso acontecesse aqui. É gente que tá passando fome, gente que tá necessitando de comida, e projetos sociais, projetos como esse [Prato Feito] da prefeitura são muito importante para que essas pessoas possam comer. A gente está em 2022 e as pessoas precisam e têm direito de comer."

A cena foi comentada por vários telespectadores nas redes sociais.

Diante da repercussão, a repórter comentou já estão ocorrendo mobilizações para ajudar Dona Janete.

"Dona Janete foi um soco no meu estômago. Dói saber quanta gente tá na mesma situação, sem dignidade. Ela não tem dinheiro pra comer e também não tem um celular. Aos que pediram contato, estamos tentando falar com a neta, que (ainda bem!) tá na escola. Lindo ver tanta gente solidária!", escreveu ela.