Idoso morre em Itabuna vítima de meningite bacteriana

Homem de 75 anos foi internado no último dia 29 e morreu dois dias depois

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  • Raquel Saraiva

Publicado em 1 de junho de 2018 às 21:28

- Atualizado há um ano

. Crédito: (Imagem: Divulgação/Hospital de Base)

Um homem de 75 anos morreu na manhã da quinta-feira (31), em Itabuna, vítima de meningite. O paciente estava internado no Hospital de Base Luís Eduardo Magalhães e morava no município de Jussari, a 63 km de Itabuna.  A prefeitura do município informou que foi feita coleta do líquido cefalorraquidiano, ou líquor, do paciente para exame. O resultado apontou meningite bacteriana gram positiva, causada por um tipo de bactéria chamada pneumococco.  Idosos e indivíduos portadores de quadros crônicos ou de doenças imunossupressoras apresentam maior risco de contágio por meningite pneumocócica, de acordo com o Ministério da Saúde.  Nesta sexta-feira (1), uma amostra do líquor do paciente foi enviada para o Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen), em Salvador, para confirmação do agente causador da doença.  A quimioprofilaxia das pessoas que tiveram com o paciente não é indicada se a meningite for do tipo pneumocócica, apenas nos casos de doença meningocócica e meningite por haemophilus influenzae tipo B. Entretanto, o procedimento de quimioprofilaxia com administração de antibióticos teria sido feito no hospital para evitar contágio das pessoas que estiveram com o paciente. O CORREIO não conseguiu ter resposta do Hospital de Base e da prefeitura de Jussari sobre o caso. Casos O diretor da Vigilância Sanitária de Itabuna afirma ainda que outros casos de meningite foram registrados este ano em Itabuna, inclusive com óbitos registrados. “Teve mais casos de meningite aqui, a maioria por bactéria e também foram registrados casos virais. Já teve outro óbito pela doença este ano, mas não há surto na cidade. Muitas vezes o paciente vem de outros municípios para serem atendidos em Itabuna”, explica Emerson Oliveira. O CORREIO tentou contato com a Secretaria de Saúde do estado mas não obteve retorno. Em 2017, a Bahia confirmou 461 casos de meningites, com incidência de 3,06 casos a cada 100 mil habitantes, e 48 óbitos. A letalidade foi registrada em 10,4% dos infectados. Em relação a 2016, houve diminuição de 17,2% no número de óbitos e de 7,1% na letalidade. 

Tratamento Em geral, a transmissão da doença é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. 

Os principais sinais são febre, dor de cabeça, vômitos, náuseas, rigidez de nuca e/ou manchas vermelhas na pele. Quanto mais rápido o atendimento médico do paciente, maiores as chances de uma boa recuperação, reduzindo o risco de óbito ou sequelas, como paralisia dos membros, perda auditiva e perda da visão.

A prevenção conta com a quimioprofilaxia dos contatos próximos e a vacinação.De acordo com o Ministério da Saúde, as meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública, devido sua magnitude, capacidade de ocasionar surtos e, no caso da meningite bacteriana, a gravidade dos casos. 

No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, assim, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no inverno e, das virais, no verão. As vacinas contra meningite são específicas para diferentes agentes etiológicos. A vacina Pentavalente protege contra meningite e outras infecções causadas pelo H. influenzae tipo b; a vacina BCG protege contra as formas graves de tuberculose (miliar e meníngea); a meningocócica conjugada C protege contra doença invasiva causada por N. meningitidis do sorogrupo C; a vacina pneumocócica conjugada 10-valente: protege contra doenças invasivas e outras infecções causadas pelo S. pneumoniae dos sorotipos 1, 4, 5, 6B, 7F, 9V, 14, 18C, 19F e 23F.