IgNobel 2017: crocodilo, gatos líquidos e coisas inusitadas

Japonês descobriu inseto que, quando fêmea têm pênis e, quando macho, vagina

À primeira vista pode até parecer o Prêmio Nobel, mas é só olhar com mais atenção que os risos da plateia e o ar descontraído dão a certeza que a cerimônia em questão é outra completamente diferente. O IgNobel na verdade seleciona aqueles com façanhas científicas que "primeiro fazem rir, e depois fazem pensar". O vencedor do IgNobel da Paz deste ano, à propósito, foi uma equipe suíça que descobriu que um instrumento tradicional dos aborígenes australianos, o didjeridi, ajuda a combater o ronco. A premiação aconteceu na noite de ontem (14) no Teatro Sanders de Havard, nos Estados Unidos. Conheça os laureados abaixo.

Na premiação não teve nenhum brasileiro, mas o país não ficou de fora. Isso porque uma equipe liderada por Kazunori Yoshizawa, da Universidade de Hokkaido, no Japão, descobriu algo inusitado em grutas do Brasil. Insetos que têm "um pênis feminino e uma vagina masculina". Ele garantiu o prêmio de biologia.

Os amantes de felinos devem estar de acordo com o prêmio recebido pelo francês Marc-Antoine Fardin. Ele recebeu o IgNobel de Física com um estudo que questiona se os gatos podem ser considerados matéria líquida. A conclusão? Positiva. Segundo Fardin, o líquido é uma matéria que muda a sua forma de acordo com o ambiente em que se encontra. Com os bichanos não é diferente. Ele provou a sua tese com fotos de gatos dentros de vários recipientes, se adaptando as suas formas.

O IgNobel ainda garantiu outros prêmios inusitados. O de Economia foi para os australianos Matthew Rockloff e Nancy Greer, da Universidade Central de Queensland. Eles disseram que segurar um crocodilo com um metro de comprimento faz as pessoas apostarem com mais cautela. O de Estudos Cognitivos foi para Matteo Martini e sua equipe, que mostraram que irmãos gêmeos têm dificuldade em se identificarem em uma foto quando aparecem juntos.