Igreja da Ascensão do Senhor é reconhecida como patrimônio cultural de Salvador

O processo de tombamento foi aberto em 24 de julho de 2017

Publicado em 18 de dezembro de 2020 às 12:11

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arley Prates/Divulgação

O tombamento da Igreja da Ascensão do Senhor, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), foi publicado no Diário Oficial de Salvador da quinta-feira (17), pela Fundação Gregório de Mattos. Com isso, a igreja passa a ser reconhecida como patrimônio cultural do município.

O processo de tombamento foi aberto em 24 de julho de 2017 através de um abaixo-assinado feito pelas entidades responsáveis, com base na Lei de Preservação do Patrimônio Cultural do Município (8.550/2014). Foi levado em conta o fato de que a Igreja da Ascensão do Senhor, reserva aspectos arquitetônicos singulares, resguardando valores históricos relevante para o movimento Moderno e valor artístico e paisagístico significativo, explica a prefeitura.

A igreja foi inaugurada em 7 de março de 1975. O edifício é composto por uma nave com 12 peças estruturais de concreto armado, constituídas por fundações, pilares, capiteis e lajes de cobertura, Capela do Santíssimo e residência dos padres.

Formado pela Faculdade Nacional de Arquitetura (FNA), na então Universidade do Brasil, no Rio de Janeiro, o arquiteto e planejador do projeto, João Filgueiras Lima inspirou-se para a realização do projeto, em templos já existentes e na arquitetura colonial, especialmente nas fortificações. Há dois tipos de estrutura predominantes: de concreto e de pedra.  (Foto: Arley Prates/Divulgação) O projeto contou com uma série de colaboradores: Dimitri Tavares Vila Nova, Jacó Sanowicz, José Luiz Menezes, Kristian Schiell, Marco Antônio Pinheiro, Oswaldo Cintra de Carvalho e Rubens Lara Arruda.Roberto Vitorino. As instalações foram feitas pela Aqualux Engenharia Ltda. Ressalta-se também o painel que delimita o santuário da nave, de Athos Bulcão. A construtora responsável pela realização do projeto foi a Luís Pereira de Araújo.

O padre Manoel de Oliveira Filho, pároco da Igreja, comentou o tombamento: "É uma notícia que enche o coração da comunidade de alegria. Essa igreja nasceu da visão pastoral do Cardeal Brandao Vilella que, ao solicitar a construção de uma capela para os funcionários do CAB ao governador ACM, não imaginava que estava surgindo, pelo traço do arquiteto João Gama Figueiras Lima, o Lelé, uma obra prima da fé e da arte, com chave modernista, em nossa cidade", afirmou.

O Padre Manoel fará uma homenagem ao reconhecimento nas missas do domingo. Para acompanhar presencialmente, é preciso agendar pelo site.