Impasse entre governo e prefeitura trava proposta de tombamento do CAB

Jairo Costa Júnior, com Luan Santos

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  • Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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Um impasse entre prefeitura e governo do estado travou a proposta de tombamento do CAB, apresentada há cerca de seis meses pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural de Salvador. Inicialmente, o processo começou a tramitar na Fundação Gregório de Mattos (FGM), a partir de um pedido feito pelo arquiteto Luis Antônio de Souza, representante da Uneb no conselho. No parecer, Souza destaca a importância do tombamento para preservar o CAB, marco da arquitetura contemporânea na capital. A proposta esbarrou na resistência do governo Rui Costa (PT), para quem a iniciativa deveria ficar sob a alçada do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), que assumiu o processo, mas não deu andamento. Agora, a FGM quer retomar o controle e desengavetar o projeto. O tombamento do CAB é visto como caminho para preservar o traçado criado pelo urbanista Lúcio Costa, que dividiu com Oscar Niemeyer a criação de Brasília. Erguido no início dos anos 1970, o CAB tem ainda obras de arte de Carybé e Carlos Bastos, além da Igreja da Ascenção do Senhor, de autoria do arquiteto Lelé Filgueiras.

Fala, Trindade A pedido do vereador José Trindade (PSL), a coluna publica direito de resposta sobre o processo aberto contra ele pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA): “Não passa de uma perseguição política, por meio de um procedimento legal inconsistente, a ação civil movida pela promotora Márcia Cancio Santos Villasboas, que me denunciou por uma suposta e inexistente improbidade cometida, de acordo com ela, em 2007 e 2008, na época em que ocupei o cargo de diretor administrativo-financeiro da Câmara Municipal de Salvador, na gestão do então presidente da casa legislativa, o hoje ex-vereador Valdenor Cardoso”.

Fala, Trindade 2 José Trindade diz que o processo, relatado na Satélite nos dias 11 e 12 de maio, sobre aditivos em contratos de publicidade com a Câmara, o MP o acusa “equivocadamente, junto a seis outros réus, de supostamente ter provocado prejuízo de R$ 5 milhões ao erário público municipal – teoria que não encontra nenhuma solidez ou paralelo com a realidade prática”. “A função desempenhada por mim naquele período (...) não incluía o ordenamento de despesas. Ou seja, não cabia a mim realizar empenhos, liquidações e pagamentos referentes aos contratos celebrados pela CMS”, afirma.

Perdas e danos  Noticiado na edição de ontem, o calote do Detran à Oi, que cortou as linhas de telefone e internet do órgão na capital e interior, impediu a transferência da Ciretran de Teixeira de Freitas para a nova sede. Isso porque a companhia se recusou a instalar os canais de comunicação no prédio alugado em outubro de 2017 pelo Detran até que a dívida seja paga. Enquanto isso, o governno continua pagando R$ 10 mil por mês para os donos do imóvel ainda sem uso.

Contra as cordas Embora descarte candidatura avulsa à reeleição, a senadora Lídice da Mata (PSB) decidiu intensificar a pressão pela vaga na chapa do Palácio de Ondina. Com apoio de movimentos sociais e de dirigentes nacionais do PT e de partidos de esquerda, Lídice está disposta a esticar a corda até o fim."Querem que a gente aceite a inviabilidade, mas nós vamos construir a viabilidade da candidatura Lula", Jaques Wagner, ex-governador, ao reafirmar que Lula segue como único nome do PT para a disputa pelo Planalto, ontem, durante o lançamento pré-candidatura do ex-presidentePílula Conversa afiada   O ex-prefeito João Henrique, pré-candidato ao governo pelo PRTB, foi visto anteontem em um papo pra lá de animado no Ondina Apart com Celsinho Cotrim, que vai disputar o Senado pelo Prona. Quem ouviu parte da conversa, garante que o assunto girou em torno de estratégias conjuntas para a sucessão.