Importância do planejamento de iluminação pública

por Rodrigo Travi

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  • Da Redação

Publicado em 12 de janeiro de 2019 às 07:45

- Atualizado há um ano

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Recentemente, a Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee) publicou um estudo que apontou que o Brasil possui a quarta maior carga tributária na conta de luz, ficando atrás apenas da Dinamarca, Alemanha e Portugal, em comparação com outros 30 países. Se nos questionarmos sobre o preço final da energia elétrica, estamos na 16ª posição.

De acordo com dados da Secretaria de Energia e Mineração do Governo do Estado de São Paulo, em São Paulo, por exemplo, o consumo anual de energia chega a aproximadamente de 145 mil GWh, um consumo muito expressivo no país. Temos muitas formas de diminuir este consumo.

Uma iniciativa que traz uma redução significativa para os municípios é a atenção e dedicação aos projetos de iluminação para vias públicas. Trocar as lâmpadas convencionais por luminárias LED, que são mais eficientes e têm menor custo de manutenção, podem proporcionar um impacto significativo nas contas públicas.

Além de ser mais duradouras, as luminárias LED têm a eficiência luminosa maior do que as usadas nas vias públicas e rodovias atualmente. A redução dos custos com manutenção e o menor consumo energético passam a refletir também no bolso da população, podendo, com o tempo, diminuir o valor da Contribuição para o Sistema de Iluminação Pública (COSIP) que é passada para os consumidores. Além disto ainda é possível oferecer uma maior segurança pública em locais com pouca iluminação ou iluminação de baixa qualidade, com baixo índice de reprodução de cor (IRC).Trocar as lâmpadas convencionais por luminárias LED, que são mais eficientes e têm menor custo de manutenção, podem proporcionar um impacto significativo nas contas públicasOutra alternativa que precisa ser estudada é a implementação de novas tecnologias que podem ser agregadas às luminárias de LED. As luminárias são um grande facilitador da implementação do conceito de Smart Cities, cidades inteligentes, pois podem ser integradas a sistemas que contribuem com a melhoria da qualidade de vida das pessoas em grandes centros urbanos.

Com o avanço do conceito de Smart Cities, os serviços tecnológicos poderão ser facilmente implementados ao de iluminação e gerenciados remotamente por meio de telegestão. Outros ofícios como vigilâncias, câmeras de segurança, monitoramento de pessoas e veículos, também podem ser adaptados às luminárias. Além disso, é possível incluir conexão Wi-Fi nas luminárias e tornar o acesso à internet maior para todos os moradores.

Por fim, acredito que essa questão deve ser prioridade para os investimentos das prefeituras, pois além de trazer grandes economias para os cofres públicos e melhorar a gestão municipal, consegue gerar muitos benefícios para a população.

Rodrigo Travi é CEO da Ledax e empreendedor serial formado em Engenharia Elétrica e Eletrônica pela Universidade Federal da Bahia