Incêndio no Tabuão assusta, e moradores tentam apagar com balde

Bombeiros tiveram dificuldade para acessar o local

Publicado em 11 de fevereiro de 2019 às 15:48

- Atualizado há um ano

. Crédito: Arisson Marinho/CORREIO
Bombeiros tiveram dificuldade de passar por rua estreita por Júlia Vigné/CORREIO

Um incêndio em uma vegetação, na região da Ladeira do Tabuão, no Pelourinho, assustou quem passava pelo local, na manhã desta segunda-feira (11). O fogo começou por volta das 11h50 e não deixou feridos. Não há informações sobre o que provocou as chamas.

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Duas viaturas do Corpo de Bombeiros Militar da Bahia (CBM-BA) foram encaminhadas até o local e tiveram dificuldade para acessar a área incendiada, já que a rua era bastante estreita e tinha carros estacionados pelo caminho. Moradores chegaram a pedir reforço da Superintendência de Trânsito do Salvador (Transalvador) para que os carros fossem guinchados, o que não aconteceu.

Os bombeiros foram para uma área mais alta para tentar solucionar o problema, mas não conseguiram. Para tentar controlar a situação, a população organizou um mutirão e tentou conter o fogo utilizando baldes com água.

Uma das pessoas que ajudaram a encher baldes com água, Gidalva Souza, 49 anos, disse que a água do tanque da sua casa, usada para encher alguns dos baldes, acabou. "Agora, estamos tentando pegar a que vem direto da rua. A gente esperou os bombeiros, mas nada. Chamamos a Transalvador, mas também não vieram. Ficamos enchendo balde", reclamou. Moradores de prédio no local ficaram assustados (Foto: Júlia Vigné/CORREIO) Preocupação Moradores de um prédio de três andares, com 19 apartamentos, demonstraram preocupação. Foi o caso da auxiliar de professora Vanda dos Santos, 35.

"O fogo está perto do prédio, mas eles (bombeiros) não conseguem chegar aqui. Não temos mais água, o fogo está cada vez mais se alastrando. O Corpo de Bombeiros esteve aqui duas vezes e foi embora, porque não conseguem ter acesso. Aqui tem uma pessoa que não anda, uma com câncer de pele, uma com HIV", relatou. 

Em vídeo gravado pelo CORREIO, ela falou sobre o incêndio. Assista:

Quem também ficou revoltada com a situação foi a pintora predial e restauradora Simone Salvador, que criticou o trabalho dos bombeiros. "Falta de vontade. Eles chegaram aqui, olharam como se nada tivesse acontecido. Senhoras, crianças, pessoas doentes, cadeirantes estavam aqui. É triste", desabafou.

Ao CORREIO, a assessoria do Corpo de Bombeiros da Bahia negou que os profissionais não prestaram o socorro devido. Informou ainda que foram enviadas duas viaturas ao local e ambas "precisaram ser reabastecidas com água", além de garantir que os carros estavam equipados e que, "antes de sair do local, todas as viaturas foram inspecionadas". "Verificam-se itens como quantidade de água e mangueiras, bem como os equipamentos individuais dos bombeiros".