Indicado pelo Brasil à corrida do Oscar, A Vida Invisível ganha trailer; confira

Dirigido pelo cineasta Karin Aïnouz, o filme estreia nacionalmente em 31 de outubro  

Publicado em 19 de setembro de 2019 às 15:56

- Atualizado há 10 meses

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A equipe do filme A Vida Invisível divulgou nesta quinta (19) o trailer e o cartaz oficiais da produção, escolhida para representar o Brasil na disputa por uma vaga no Oscar de Melhor Filme Internacional.  Dirigido pelo cearende Karin Aïnouz, o filme entrou em cartaz hoje, somente em Fortaleza (CE),  e estreia no circuito nacional em 31 de outubro. 

O cartaz é assinado pela artista visual Manuela Eichner, que vive e trabalha entre São Paulo e Berlim. “O foco foi trabalhar com a força e a angústia coexistente nas personagens. Meu processo de criação é intuitivo e sensorial. As cores do filme me tocaram muito, principalmente o momento em que a luz altera as cores das plantas. Me fez pensar o quanto o feminino arde no Brasil, afirma Manuela, que usou como referências a Pop Art e o Tropicalismo.  Cartaz oficial de A Vida Invisível (Foto: Divulgação)  Com distribuição conjunta da Sony Pictures e Vitrine Filmes, o sétimo longa-metragem de Karim Aïnouz vem conquistando prêmios importantes nos principais festivais do mundo, como o Grand Prix da mostra Un Certain Regard, no Festival de Cannes – inédito na história do cinema brasileiro –, além de prêmios do público de Melhor Filme e do júri de Melhor Fotografia, no Festival de Cinema de Lima; e o CineCoPro Award, no Festival de Munique. 

Livre adaptação do romance de Martha Batalha, A Vida Invisível é definido pelo cineasta como um melodrama tropical. Nos papeis papeis principais estão duas estreantes no cinema:  Carol Duarte e Julia Stockler, escolhidas após participarem de um concorrido teste com mais de 300 candidatas. Elas vivem as irmãs Guida e Eurídice, cúmplices e inseparáveis. Eurídice, a mais nova, é uma pianista prodígio, enquanto Guida, romântica e cheia de vida, sonha em se casar com um príncipe encantado e ter uma família. Um dia, com 18 anos, Guida foge de casa com o namorado. Ao retornar grávida, seis meses depois e sozinha, o pai, um português conservador, a expulsa de casa de maneira cruel. Guida e Eurídice são separadas e passam suas vidas tentando se reencontrar, como se somente juntas fossem capazes de seguir em frente.  O elenco traz ainda Fernanda Montenegro, como atriz convidada, Gregorio Duvivier, Bárbara Santos, Flavio Bauraqui e Maria Manoella. 

 

Com roteiro assinado por Murilo Hauser, em colaboração com a uruguaia Inés Bortagaray e o próprio diretor, o longa – ambientado majoritariamente na década de 50 – foi rodado no Rio de Janeiro, nos bairros da Tijuca, Santa Teresa, Estácio e São Cristóvão. “Eu fiquei profundamente tocado quando eu li o livro. Disparou memórias intensas da minha vida. Eu fui criado no nordeste dos anos 60, numa sociedade machista e conservadora, dentro de uma família matriarcal. Os homens ou haviam ido embora ou eram ausentes. Numa cultura patriarcal, eu tive a oportunidade de crescer numa família onde as mulheres comandavam o espetáculo - elas eram as protagonistas”, recorda Aïnouz.