Indicadores para a economia geram perspectiva otimistas ao mercado de imóveis

Setor já mostra aquecimento com novos empreendimentos

  • D
  • Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2017 às 10:42

- Atualizado há um ano

Setor já mostra aquecimento com novos empreendimentos (Foto: Divulgação)O mercado imobiliário baiano está otimista para o início de um novo ciclo no setor, com aumento nas vendas e na oferta de novos lançamentos. Após a estagnação causada pela crise econômica e a consequente queda de confiança do consumidor, o ambiente já dá sinais de melhoras. A expectativa da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-Ba) é de um crescimento, este ano, da ordem de 20% em relação a 2016.

Os dados apontados para a economia geram a perspectiva no mercado de imóveis. Os juros básicos estão em queda e, da mesma forma, a inflação, que vem sendo controlada, o que estimula o consumo. O indicativo é de que o Produto Interno Bruto (PIB) volte a crescer este ano, mesmo que com números ainda tímidos. Puxado pela melhora das expectativas, sobretudo em relação às finanças das famílias, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) alcançou 85,3 pontos, em março, o maior nível desde o final de 2014.CréditoBuscando estimular o mercado, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aumentou, pela segunda vez em menos de um ano, o limite do valor dos imóveis novos adquiridos por meio do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). Desde forma, os mutuários poderão financiar unidades de até R$ 1,5 milhão, utilizando recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Antes, na Bahia, o limite máximo era de R$ 650 mil e depois R$ 800 mil, e, agora, praticamente dobrou. Os financiamentos do SFH cobram juros menores que os demais do mercado e a resolução do CMN vale até 31 de dezembro deste ano, para imóveis em lançamento.O presidente da Ademi-Ba, Claudio Cunha, afirma que o aumento na procura já é perceptível. “O estoque de imóveis está caindo, e já está em um patamar inferior à média anual de vendas”, diz. Segundo ele, várias incorporadoras preparam lançamentos, sobretudo para o segundo semestre. “O mercado já dá sinais de que vai crescer. O Brasileiro é otimista e começa a perceber que a curva está virando”, declarou o presidente.Empreendimentos, como o Allegri Cabula, estão com vendas em alta(Foto: Divulgação)Os indicadores para a economia, segundo Cunha, animam as pessoas e geram confiança, o que provoca uma maior movimentação na economia e reflexos no mercado imobiliário. “Ainda estamos fechando os números, mas a Semana do Metro Quadrado, realizada até o último domingo, mostra a resposta do consumidor”, disse.

JVF A diretora da JVF Empreendimentos, Juliana Oliveira, confirma o otimismo no setor. “O nosso melhor indicativo é o percentual de vendas. Um dos empreendimentos lançados, com obras em 40%, já comercializou 70% das unidades. Em um outro, com obras ainda em 20%, já foram vendidos mais da metade”, informou.A JVF prepara o lançamento de 450 unidades imobiliárias este ano. “Isto prova que acreditamos que a crise está indo embora”, afirmou Juliana. As perspectivas da incorporadora são de crescimento bem acima do esperado pela Ademi, e a estimativa é triplicar o faturamento em relação ao ano passado. Um novo empreendimento, na Avenida Silveira Martins, no Cabula, terá unidades de dois e três quartos, focado nas classes B e C.Bases para o novo ciclo:Inflação - A estimativa para este ano é de apenas 4%PIB – O Banco Central já prevê crescimento de 0,5%Taxa de juros – Hoje em 12,25%, com estimativa de 9% no final do anoÍndice de Confiança do Consumidor – Crescente, hoje em 85,3 pontosEndividamento das famílias – Caiu de 60,8% para 55,6% no início deste anoEmprego – Após 22 meses de queda, o emprego formal voltou a crescer em fevereiro passado