Infantino elogia Rússia e aposta em Copa com doping sob controle

Presidente da Fifa falou também sobre árbitro de vídeo

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  • Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2018 às 17:59

- Atualizado há um ano

. Crédito: Fifa/Divulgação

O presidente da Fifa, o suíço Gianni Infantino, concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (4), em Zurique, na Suíça, e falou basicamente sobre três assuntos relacionados à Copa do Mundo da Rússia: infraestrutura para receber os torcedores, a preocupação com o doping e a expectativa em relação à estreia do Árbitro Assistente de Vídeo (VAR, na sigla em inglês) na competição. "Acredito que o árbitro de vídeo funcionará. As estatísticas são muito claras em relação a esse assunto. Sem o VAR há um erro a cada três partidas. E um a cada 19 com a presença do VAR", afirmou. Em relação aos preparativos para receber o principal evento do futebol, o mandatário da Fifa acredita que a Rússia surpreenderá a todos. "Nunca antes havia visto um país fazer tanto: haverá transporte público grátis, há muito entusiasmo, a estrutura é muito boa. Nunca tinha me sentido tão relaxado com a organização. Se compararmos com outros eventos do passado, realmente estou confiante", disse Infantino. Nos últimos anos, a Rússia tem sido destaque nos noticiários esportivos por conta do escândalo de doping. Devido às acusações, a equipe de atletismo não pôde participar dos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Também, para disputar os Jogos de Inverno de Pyeongchang-2018, os atletas competiram com uma bandeira neutra. Em relação ao futebol, Gianni Infantino acredita que não haverá problemas. "Todos os passos da Fifa são dados em comum acordo com a Agência Mundial Antidoping. Todos os jogadores foram submetidos a análises de sangue e de urina. Não houve intervenção de nenhum russo e de ninguém fora da Rússia. Estamos fazendo tudo com uma atenção a mais por causa desse passado". Ao falar sobre doping, o presidente da Fifa se mostrou surpreso com a repercussão que a suspensão de Guerrero teve no mundo do futebol. Gianni Infantino destacou que, além da seleção peruana, os capitães de diversas equipes protestaram a favor do centroavante do Flamengo. Depois de ser suspenso na Corte Arbitral do Esporte com uma pena de 14 meses, que o deixaria fora da Copa do Mundo, Guerrero conseguiu o efeito suspensivo no Tribunal Federal da Suíça. "O sistema existe para proteger o direito de todos. Soubemos da decisão do Tribunal e respeitamos", disse.