Inflação em junho na Região Metropolitana de Salvador fica em 0,86%

No primeiro semestre de 2018, o IPCA na RMS já ultrapassou o acumulado em todo o ano de 2017

Publicado em 6 de julho de 2018 às 14:10

- Atualizado há um ano

A inflação em junho na Região Metropolitana de Salvador ficou em 0,86%. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou em relação a maio (1,11%), mas ficou acima do valor do junho do ano passado (- 0,08%). A taxa deste mês foi a terceira menor inflação do país e ficou abaixo da média nacional, que foi 1,26%.

No primeiro semestre de 2018, o IPCA na RMS já ultrapassou o acumulado em todo o ano de 2017 (2,14%). Nos 12 meses encerrados em junho, o IPCA chegou a 3,82%, em Salvador, maior que o registrado nos 12 meses encerrados em maio (2,85%), embora ainda abaixo da média nacional (4,39%).

Veja a tabela do IPCA no Brasil no mês, acumulados no ano e nos 12 meses encerrados em junho.

Alimentação e habitação puxaram inflação para cima Em junho, cinco dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA tiveram aumento, na Região Metropolitana de Salvador, liderados, por Habitação (2,65%) e Alimentação e bebidas (1,43%).

Por ser o grupo de despesas com maior peso no orçamento das famílias, Alimentação e bebidas (1,43%) teve o maior impacto no sentido de puxar para cima a inflação de junho na RMS, com influência tanto dos alimentos consumidos em casa (alta de 1,93%) quanto da alimentação fora (0,37%).

Vários grupos de alimentação ficaram mais caros no mês, como as aves e ovos (14,77%), as carnes em geral (4,21%), as frutas (2,79%), os panificados (1,395) e leite e derivados (1,18%). O frango inteiro, com aumento de 18,19%, foi o terceiro item que, individualmente, mais contribuiu para a alta do IPCA de junho, na RMS.

Entre as despesas com habitação, as que mais impactaram na inflação do mês foram os aumentos do gás de botijão (10,40%), item individual que mais puxou o IPCA para cima em Salvador, e da energia elétrica (4,95%), segundo principal impacto inflacionário no mês.

O gás teve, em junho, sua quarta alta consecutiva, acelerando fortemente em relação a maio (0,39%) e passando a ter uma inflação acumulada no ano de 4,75%, em Salvador. A energia elétrica também vem com aumentos seguidos desde abril e já acumula, no primeiro semestre de 2018, alta de 22,41%.

Também tiveram aumentos em junho, na Região Metropolitana de Salvador, os grupos Saúde e cuidados pessoais (0,49%), Despesas pessoais (0,21%) e Artigos de residência (0,18%).

Redução nos combustíveis ajudou Apesar de os alimentos terem sido, em média, os que mais pressionaram a inflação de junho para cima na RMS, a cebola, com uma taxa negativa de -21,39%, foi o item que, individualmente, mais contribuiu para segurar o IPCA do mês.

A cebola vinha com fortes altas desde janeiro, tendo acumulado, até maio deste ano, na RM Salvador, um aumento de 159,34%. Após essa primeira redução, em junho, fechou o primeiro semestre com acumulado de 103,87%.

A redução nos combustíveis veiculares (-0,56%) também foi decisiva na desaceleração da inflação em junho, na RM Salvador. O diesel (-7,51%), que vinha em altas seguidas desde julho de 2017, foi o segundo item individual que mais contribuiu para conter o IPCA do mês. Houve reduções também nos preços da gasolina (-0,14%) e do etanol (-0,45%), ambos tinham registrado altas em maio (de 8,11% e 4,79% respectivamente).

A queda média nos preços dos combustíveis ajudou o grupo Transportes a fechar junho com uma pequena variação negativa no IPCA (-0,01%).

Também foi importante no sentido de conter a inflação do mês a redução nas despesas com educação (-0,22%), influenciada pelas variações negativas de itens de papelaria (-1,49%) e leitura (-0,87%), entre outros.