Inspirado em Rocky Balboa, Robson luta sábado, nos Estados Unidos

Baiano segue a preparação para buscar o título mundial em 2019

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  • Daniela Leone

Publicado em 26 de abril de 2018 às 07:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Evandro Veiga/CORREIO

Robson Conceição vai realizar mais um sonho. Esta semana, o pugilista baiano, medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, vai subir os 72 degraus do Museu de Arte da Filadélfia, na Pensilvânia, nos Estados Unidos. O local é cenário marcante do filme Rocky, que foi estrelado por Sylvester Stallone e conta a história de superação de um boxeador.

“Estava praticamente começando a carreira quando vi esse filme. Rocky Balboa me inspirou e creio que inspirou várias pessoas também a lutarem boxe. Poder ir na cena onde rolou esse filme é muito bom, muito gratificante. Vou subir correndo”, avisa Robson, empolgado. 

Robson viajou no domingo (22) para a Filadélfia. Sábado (28), ele vai encarar sua sétima luta profissional na categoria superpena (até 59 kg). O adversário será o mexicano naturalizado canadense Alex Torres Rynn. Com previsão de oito rounds, o embate fará parte das preliminares da disputa do mundial WBO dos supergalos entre Jesse Magdaleno e Isaac Dogboe.

O rival da vez tem no currículo seis lutas: cinco vitórias, sendo três por nocaute, e uma derrota. Robson prefere focar nele próprio. “A maioria dos atletas treina visando seus adversários. Eu penso diferente. Penso em estar bem, me sentir bem, em chegar preparado fisicamente e tecnicamente. Pra mim, é o suficiente”, diz o pugilista de 29 anos.

A estratégia de Robson nada tem a ver com subestimar os desafiantes. “Quatro lutas seguidas minhas tiveram mudança de adversário. Então não tem como eu lutar só visando o adversário. A mudança é em cima da hora, dois ou três dias antes, e assim não dá pra estudar nada”, argumenta o baiano, que está invicto como profissional. Robson é dono de um card com seis lutas e seis vitórias, quatro delas por nocaute.

A última luta de Robson foi em fevereiro, quando ele derrotou por pontos o americano Ignacio “El Alacran” Holguin. Outras quatro lutas ainda estão previstas para 2018. “A gente pensa em fazer o melhor este ano pra que no começo de 2019 a gente possa pedir para lutar pelo cinturão”. Atualmente o título de campeão da categoria superpena é do ucraniano Vasyl Lomachenko.

Um soco de cada vez. Até sábado, o foco é derrubar Alex Torres Rynn. “Estou me sentindo mais preparado que nas lutas anteriores. Venho me preparando para ser campeão mundial, e cada luta é um degrau que eu subo”.

E por falar em degraus... Na telona, o personagem Rocky Balboa costuma sofrer no ringue até dar a volta por cima e vencer a luta. Robson prefere escrever um script diferente na Filadélfia. “Acho que a luta vai terminar antes do oitavo round. Meu sofrimento é na academia, onde eu treino forte todos os dias. No ringue é a hora da glória”.