Instagram e Snapchat tiram os GIFs do stories por causa de racismo

Aplicativos pararam de disponibilizar os GIFs pela mesma razão; entenda

Publicado em 12 de março de 2018 às 14:15

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

Quem passou pela situação de tentar usar gifs nos stories do Instagram ou do Snapchat e não conseguiu, pode ficar tranquilo: não tem nada de errado com seu aparelho ou conta. É que as duas redes sociais tiraram todos os GIFs porque no meio deles tinha um extremamente racista.

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A primeira vez que notaram a imagem foi no Snapchat, e os usuários manifestaram indignação de encontrar este tipo de coisa. Em seguida, as pessoas procuraram entender e descobriram que não é apenas o Snapchat que está com problema, mas o Instagram também, por usarem a mesma fornecedora de GIFs, a Giphy.

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A animação em questão aparecia ao fazer a busca por “Crime”. A imagem simulava um contador de mortes de negros, rodado por um macaco sob comando de um homem branco, que dizia para o animal continuar o trabalho porque os valores só estavam a aumentar. Ainda havia uma palavra racista em inglês. Quando as empresas ficaram sabendo da imagem, removeram a parceria com a Giphy até ela avaliar todos os GIFs.

O site especializado em tecnologia TecCrunch conseguiu um depoimento da Giphy que explicou que o erro aconteceu por causa de um erro no sistema de filtragem deles, e avisaram que já retiraram o GIF e consertaram o bug, além de já terem rodado o filtro novamente para retirar qualquer conteúdo parecido.

O Giphy permite que usuários adicionem imagens animadas em seu catálogo, mas seu termo de serviços informa que não são permitidos posts com itens abusivos, obscenos, ofensivos ou vulgares.

Porém, até agora os GIFs não retornaram para os apps.

Outros casos de racismo em apps Esta não é a primeira vez que o Snapchat é acusado de racismo. O aplicativo já criou filtros com o rosto do cantor Bob Marley, o que foi considerado prática de “blackface digital” - termo que refere-se à caracterização de personagens do teatro com estereótipos racistas.

Outro efeito desenvolvido pela empresa, que simulava um rosto oriental de forma um mangá, também não foi bem recebido pelo público. Além disso, alguns filtros já foram criticados por tornarem a pele mais clara e afinarem as feições dos usuários.