Investimentos e juros em queda

Por Edísio Freire

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  • Da Redação

Publicado em 26 de março de 2018 às 07:30

- Atualizado há um ano

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Edísio, como ficam os investimentos com a queda da Selic? Onde você recomenda investir? Adriano Silva

Olá Adriano. Com a queda da taxa básica de juros, os produtos de renda fixa, que são indexados ao CDI, também reduziram suas remunerações, tornando o resultado do investimento cada vez menor. A alternativa é buscar produtos que tenham uma menor relação com a SELIC e consigam oferecer rentabilidade boa mesmo com a queda dos juros. Como alternativa, pode buscar opções de fundos Multimercados com baixa volatilidade. São fundos lastreados em renda fixa e renda variável, o que garante uma melhor rentabilidade em relação aos tradicionais do mercado. Fique atento apenas ao nível de risco, se não for um investidor de perfil arrojado, busque produtos com volatilidade de até 2%.

A queda de juros já caiu o suficiente para isso se refletir no valor de um financiamento de um imóvel? Amadeu Santos

Olá Amadeu. A redução dos juros básico da economia reflete diretamente nos principais produtos financeiros disponíveis no mercado, contudo, não na mesma velocidade que gostaríamos. Algumas linhas de crédito de bancos de desenvolvimento conseguem repassar mais rapidamente a redução para as taxas de juros, mas para nós consumidores em geral, esse repasse demora um pouco mais. Linhas de crédito como a do Cheque Especial, Cartão de Crédito e Crédito Imobiliário demoram um pouco mais para absorver essa redução. Isso ocorre por que a composição da taxa considera além da SELIC, os custos financeiros da operação e a inadimplência, fator preponderante na formação das taxas praticadas. A tendência é que ao passar do tempo a redução aconteça, inclusive, o mercado imobiliário já repassou essa redução para os contratos de financiamento, contudo, muito pouco. 

Vale a pena buscar os pequenos bancos e plataformas investimentos online? Qual a principal vantagem? Maria Onofre

Olá Maria. O mercado financeiro é muito amplo e a cada dia surgem mais opções de empresas oferecendo produtos financeiros, o que é bom por um lado, pois aumenta a concorrência e reduz os custos operacionais elevando os retornos. O lado negativo é que pode existir empresas não idôneas e prejudicar seus investimentos, contudo, buscar opções de em bancos ou corretoras menores, é uma boa estratégia para conseguir produtos com melhor rentabilidade. Claro que isso não acontece o tempo todo, é uma questão de observação e acompanhamento, mas de forma geral, é muito comum encontrar produtos financeiros com melhor rentabilidade em bancos menores, do que nas instituições tradicionais. 

O dinheiro que saquei nas contas inativas do FGTS precisa ser declarado no Imposto de Renda este ano? Mário Lima

Olá Mário. Toda renda auferida no ano de 2017 deve ser informada na Declaração do Imposto de Renda em 2018, desde que você esteja enquadrado como obrigado a declarar. Se sua renda bruta anual foi superior a R$ 28.123,90, você está obrigado a declarar o imposto, nesse caso deverá informar o valor recebido de FGTS inativo. Faça isso na parte de rendimentos isentos de tributação. Caso você não tenha auferido essa renda anual, estará isento, nesse caso não precisará declarar o valor recebido do FGTS, exceto se o montante do saque tiver sido superior a R$ 40.000,00. Se o valor foi superior a esse limite, mesmo não tendo renda anual bruta que obrigue a declarar, você precisará fazer a declaração para informar o recebimento do FGTS. Mas não se preocupe que isso não irá gerar pagamento do imposto, é apenas para informar à Receita Federal sua evolução patrimonial.