IPCA-15 cai 0,18% em julho, menor resultado para o mês desde setembro de 1998

Indicador acumula alta de 1,44% no ano e de 2,78% em 12 meses o menor patamar desde março de 1999, quando estava em 2,64%, segundo o IBGE

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  • Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2017 às 10:58

- Atualizado há um ano

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) - uma prévia da inflação oficial - registrou queda de 0,18% em julho, após subir 0,16% em junho. O resultado, divulgado hoje (20/7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou no piso das estimativas dos analistas do mercado financeiro, que esperavam desde um recuo de 0,18% a um aumento de 0,06%, com mediana negativa de 0,10%.

A deflação de 0,18% de julho repete o patamar registrado no mesmo mês de 2003, além de ser o resultado mais baixo alcançado pelo indicador desde setembro de 1998, quando a queda foi de 0,44%. Em julho de 2016, a alta foi 0,54%.

Com o resultado anunciado nesta quinta, o IPCA-15 acumula aumento de 1,44% no ano. A taxa acumulada em 12 meses desacelerou de 3,52% em junho para 2,78% em julho, o menor patamar desde março de 1999, quando estava em 2,64%, segundo o IBGE.

Grupos Sete dos nove grupos que integram o IPCA-15 tiveram taxas de variação mais baixas na passagem de junho para julho. Houve quedas de preços nos grupos Alimentação e Bebidas (de -0,47% em junho para -0,55% em julho), Transportes (de -0,10% para -0,64%) e Artigos de Residência (de 0,15% para -0,55%). 

Mas os aumentos foram menores em Habitação (de 0,93% para 0,24%), Vestuário (de 0,69% para 0,04%) e Saúde e cuidados pessoais (de 0,64% para 0,14%), enquanto o grupo Comunicação registrou estabilidade (de 0,12% para 0,00%).

As exceções foram os grupos Despesas pessoais (de 0,26% para 0,31%) e Educação (de 0,03% para 0,08%), com aceleração no ritmo de alta, informou o IBGE.