Já pensou entrar num quadro de Van Gogh? Exposição em Salvador oferece experiência

Também há sessões voltadas ao público infantil, como a Era dos Dinossauros

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  • Vinicius Nascimento

Publicado em 8 de abril de 2022 às 06:00

. Crédito: Paula Fróes/ CORREIO

Espetáculos imersivos, em que o público fica dentro de um ateliê luminoso e consegue se sentir dentro de obras de arte de nomes como Van Gogh, Monet, Renoir, Gauguin e Cézanne. Essa é a ideia do LightLand: o mundo encantado das luzes, que estreia nesta sexta-feira (8) no terceiro piso do Shopping da Bahia. Na tarde de quinta, a equipe do CORREIO acessou o ateliê montado no local com exclusividade e teve a oportunidade de viver a experiência.

A ideia é inspirada em atrações internacionais, como o ‘Atelier des Lumières’, de Paris, capital da França; e o Museu de Arte Digital, de Tóquio, no Japão. No entanto, a montagem e concepção é toda nordestina: nasceu em São Luís, do Maranhão, e saiu da terra natal pela primeira vez tentando conquistar corações soteropolitanos antes de uma temporada no Rio de Janeiro.

“Salvador é uma cidade muito especial e a poucos dias da estreia percebemos como a cidade é rica culturalmente, existe no povo de Salvador o interesse de fato em arte, cultura, lazer. Isso é muito especial, fora a energia daqui”, explicou a gerente-geral do projeto, Tereza Martins. 

As exibições têm classificação livre e custam R$ 60 inteira e R$ 30 meia. Professores e profissionais da educação em geral, idosos, pessoas com deficiência e seus acompanhantes, além de estudantes têm direito à meia-entrada. Obras são imersivas e há opções para crianças (Foto: Paula Fróes/ CORREIO) Van Gogh e os artistas do impressionismo são o carro-chefe do projeto, mas também há sessões mais voltadas para crianças, com ‘A Era dos Dinossauros’. Neste caso, a ideia é levar os espectadores ao meio em que estes animais viveram, desde o surgimento no período Triássico até a extinção no fim do período Cretáceo.

Tudo isso também passa pelo apogeu dos dinossauros, no período Jurássico. “Van Gogh é o carro chefe da exposição, mas hoje em dia não tem como trabalhar só uma atração para adulto ou um público ligado a arte. Tem que trabalhar algo mais pop e todas as nossas temporadas têm sessões infantis. O conteúdo de dinossauro agrada a muitas pessoas”, disse Davi Telles, diretor de arte e idealizador do Lighland.

Para Wilton Oliveira, superintendente do Shopping da Bahia, a atração consolida a programação para toda família do empreendimento. “Esse é mais um evento do Shopping da Bahia que busca promover atividades que estimulem o lazer, a imaginação e a curiosidade de toda família, desde as crianças até os adultos. Com isso todos são inseridos em atividades divertidas e encantadoras”, afirmou Oliveira.

O grande chamego do projeto, pelo menos para Davi Telles, é a parte de Van Gogh. E faz sentido. Os movimentos de fato encantam e é gostoso de estar dentro do salão principal com seus quase 60m². Com projeções nas paredes e chão, é possível viajar com os Girassóis correndo por todos os lados ou curtir as cartas do pintor.“Van Gogh tem na sua história o paradoxo que explica a humanidade. É genial e louco ao mesmo tempo. É extremamente feliz, mas melancólico, depressivo, alternava muito os sentimentos”, explicou Telles. Reportagem visitou o local antecipadamente (Foto: Paula Fróes/CORREIO) Segundo ele, a maioria das sessões para a primeira semana estão esgotadas. A partir de sábado (9), há sessões às 12h e 19h (Van Gogh) e 15h (Era dos Dinossauros). Todas as sessões das 19h disponibilizadas no site (até o dia 17 de abril) estão esgotadas. De acordo com Tereza Martins, a ideia é ficar em Salvador em curta temporada. Depois, o projeto parte para o Rio de Janeiro. Os ingressos podem ser comprados no site do LightLand.

O limite previsto é de 70 pessoas por sessão e a visitação não tem tempo máximo de duração. Dá para curtir, tirar fotos, fazer vídeos e aproveitar a estadia à vontade. No entanto, não há um guia para falar sobre as obras ou profissionais similares. Os nomes das obras aparecem nas projeções, indicando também o ano e autor. A entrada só é permitida a quem comprovar a vacinação contra a covid-19.