Jogadores de futebol iniciaram uma campanha contra a violência. Nos últimos dias, pelo menos quatro episódios envolvendo agressões de torcedores a atletas foram registrados no futebol brasileiro.
O goleiro Danilo Fernandes, o lateral Matheus Bahia e o atacante Marcelo Cirino, usaram as redes sociais para postar um card no qual pedem mais segurança.
"Basta! Até quando vamos ter que conviver com isso? Por mais segurança para nós e pelo fim da violência no futebol", diz o texto.
O trio estava no ônibus com a delegação do Bahia que foi atacado por bombas na última quinta-feira (24), quando o time chegava na Fonte Nova para enfrentar o Sampaio Corrêa, pela Copa do Nordeste.
Danilo Fernandes foi atingido por estilhaços e sofreu cortes no rosto, pernas e braços. Ele foi socorrido para um hospital e já recebeu alta, mas ainda não sabe quando voltará aos gramados. Nesta sexta-feira (4), o goleiro passará por um procedimento médico no olho.
Jogadores de outros clubes, como os meia Diego, do Flamengo, Régis, do Coritiba, o atacante Osvaldo, do CSA, e o volante Matheus Jussa, do Fortaleza, reforçam a campanha.
No mesmo dia do ataque ao ônibus do Bahia, uma van que levava jogadores do Náutico teve os vidros quebrados durante protesto pela eliminação da equipe na Copa do Brasil.
No sábado (26), o ônibus do Grêmio foi alvo de pedradas da torcida do Internacional antes do clássico Gre-Nal. O volante paraguaio Villasanti foi atingido e precisou ser internado. O jogo foi adiado.
Também no sábado, torcedores invadiram o gramado durante o jogo entre Paraná e União, pelo Campeonato Paranaense. A partida decretou o rebaixamento do Paraná no estadual e alguns invasores tentaram agredir os atletas.
Nesta terça-feira (1º), o atacante Willian, do Corinthians, usou as redes sociais para cobrar mais segurança aos jogadores. "Não acontece nada com eles. Continuam fazendo, fazendo e fazendo. As autoridades toleram isso. Eu aprendi uma coisa. O que a gente tolera, não podemos reclamar. Estou aqui para dizer que temos, sim, de ficar indignados com essa situação. Temos que nos unir para combater a violência no futebol", falou o jogador.
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