José Welison comemora gol e revela pedido de Mancini: 'arrisca'

Volante conta que goleiro Ronaldo 'previu' entrada dele em campo

Lesionado no primeiro Ba-Vi do ano, no dia 9 de abril, o volante José Welison ficou seis meses afastado dos gramados. O chamado para que voltasse a campo no duelo complicado do último domingo (29), contra o Atlético-GO, quando o Vitória estava atrás do placar, pegou todo mundo de surpresa – exceto um dos seus colegas, o goleiro reserva Ronaldo.

O próprio Zé é quem conta a história. “Depois das instruções do professor Mancini no intervalo, Ronaldo chegou pra mim assim, do nada, e disse: ‘alegria, rapaz, você vai voltar a fazer o que mais gosta’. Parecia que ele já sabia que eu ia entrar, né?’”. O rubro-negro estava perdendo por 1x0 em pleno Barradão no intervalo.

“Pouco depois, Mancini me chamou para entrar no jogo e o que Ronaldo falou veio logo na minha cabeça. Entrei em campo pensando naquilo, em jogar com alegria. Fui feliz marcando o gol do empate e depois do jogo fui agradecer a Ronaldo pelo que me disse”, completa o volante.

Pedido do técnico Welison entrou em campo no intervalo e marcou o gol do empate 21 minutos depois, em um chute de canhota de fora da área. “Antes de entrar, Mancini falou pra mim: ‘arrisca, arrisca’. Quando ele disse isso, entendi que era para que eu jogasse mais solto, sem pressão. Aí eu me senti livre para chutar de fora da área”, conta.

A conversa com o goleiro reserva também ajudou Welison a enxergar o espaço para arriscar de fora da área. “No primeiro tempo, Ronaldo me falou ‘senta aí pra gente fazer uma análise do jogo’. Daí fiquei do lado dele no banco. A gente ficou comentando que as melhores chances do time vinham sendo no chute de fora da área de Correia, que o gol sairia assim”.

Após o retorno triunfal, José Welison deve ser titular contra o Vasco, no domingo (5), às 18h (horário da Bahia), no Maracanã. Ele é o favorito a ganhar a vaga de Uillian Correia, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.

“Estou pronto para isso. Venho treinando há uns três meses já. O doutor Wilson (Vasconcelos, médico do Vitória) me perguntou depois do jogo como me senti e disse que estava bem. Senti um pouco o ritmo no início do segundo tempo, a gente dá uma afogada porque entra num clima diferente, mas depois recupera o fôlego e vai embora. Estou preparado para jogar 90 minutos, sim. Até mais se for preciso”, garantiu.