Juiz baiano critica ida de militares da Bahia para o Ceará

Segundo o juiz da Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas de Camaçari, Waldir Viana, a transferência não é legítima

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  • Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2019 às 17:53

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Aurélio Alves/ O POVO

Por conta dos últimos casos de violência envolvendo o Ceará, o estado recebeu hoje (06) um contingente de 100 homens, entre parças  e oficiais para atuarem em Fortaleza e no interior. A chegada do reforço foi uma negociação do governador Camilo Santana (PT) com o governador da Bahia, Rui Costa (PT). Os policiais não integram a Força Nacional da Segurança (FNS).

O acordo feito pelo governo baiano foi criticado pelo juiz da Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas da Comarca de Camaçari, Waldir Viana. Segundo ele, a disposição da equipe de policiais militares é ilegal. 

“A atuação de policiais militares baianos, em outro Estado da Federação padece de incontornável vício de legalidade - salvo quando convocados pela União, e em nome desta. O auxílio a um Estado da Federação em circunstâncias excepcionais compete unicamente à União”, disse ao CORREIO.

O Ceará deve receber ainda policiais de outros estados nordestinos. Até o momento são oito ataques registrados após atuação da Força Nacional, que ocupou o estado ontem (05). A polícia capturou 110 suspeitos, e dois morreram em confronto. Pelo menos, até este domingo ocorreram 60 prisões. Foram 98 ataques desde quarta-feira (2).