Juiz não aceita sugestão do MP e Ronaldinho seguirá investigado

Mirko Valinotti negou "critério de oportunidade" ao ex-jogador e o irmão, Assis

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  • Da Redação

Publicado em 6 de março de 2020 às 21:07

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Norberto Duarte/AFP

A Justiça do Paraguai não aceitou a posição do Ministério Público do país de não processar Ronaldinho Gaúcho e o irmão, Assis, pelo uso de carteiras de identidade e passaportes falsos. Após os dois prestarem depoimento ao Juizado Penal de Garantias de Assunção, nesta sexta-feira (6), por mais de seis horas, o juiz Mirko Valinotti determinou que o caso vá para a Procuradoria Geral do Estado, que terá um prazo de dez dias para manter ou reverter a decisão inicial.

O MP tinha indicado que o caso não fosse adiante, se embasando no “critério de oportunidade”, recurso no Código Penal paraguaio que deixaria os dois livres. Ele é usado quando os suspeitos admitem o delito, não têm antecedentes criminais no país e colaboram com as investigações. A promotoria tinha considerado que o ex-jogador e o irmão “foram enganados em sua boa fé”. O argumento não foi aceito por Mirko Valinotti.

De acordo com o Ministério Público paraguaio, o uso de documentos públicos com conteúdo falso pode levar a uma pena de cinco anos ou multa. 

Ronaldinho e Assis foram liberados para deixar o Paraguai, se assim o quiserem neste momento. Já o empresário brasileiro Wilmondes Sousa Lira, apontado como o responsável por entregar os documentos falsos para o ex-jogador e o irmão, teve prisão decretada.

Nomeado como embaixador do Turismo no Brasil no ano passado, o ex-atleta seguirá no cargo. Segundo o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), a investigação é uma “questão pessoal” de Ronaldinho.