Juízes baianos pedem mais segurança nos fóruns após ameaças

Amab apresentou requerimento à Comissão de Segurança do TJ-BA

Publicado em 10 de outubro de 2018 às 20:58

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: TJ-BA/Divulgação

Fórum Ruy Barbosa, em Salvador (Foto: TJ-BA/Divulgação) A insegurança levou os juízes da Bahia a pedir ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-BA) que sejam adotadas medidas de segurança mais rígidas nos tribunais. Nesta quarta-feira (10), a Associação dos Magistrados da Bahia (Amab) apresentou um requerimento à Comissão de Segurança do TJ-BA.

A Amab pede que sejam adotadas as providências necessárias para implementação de segurança nas unidades judiciárias, como a instalação de detectores de metal nas entradas dos fóruns, tanto na capital como no interior.

A associação pediu também que sejam instalados equipamentos para o controle de acesso nesses locais, além de contratação de seguranças para as unidades forenses.

A assessoria do TJ-BA confirmou que recebeu o pedido feito pelos juízes, mas ainda não informou o posicionamento da corte sobre o assunto.

Os juízes ainda frisaram que as ameaças aos magistrados (juízes e desembargadores) estão cada vez mais presentes na rotina dos fóruns e citaram como exemplo o fato ocorrido em Vila Rica, Mato Grosso, no começo de outubro, quando um magistrado foi baleado no ombro dentro da sala de audiência.

A vítima só sobreviveu ao ataque porque um policial que estava de plantão no local conseguiu matar o atirador.

A sugestão da Amab é que as mudanças sejam financiadas através do Fundo Estadual de Segurança dos Magistrados (Funseg-BA).

O CORREIO perguntou à Amab sobre a quantidade de ameaças sofridas pelos magistrados nos últimos meses, mas a entidade informou que não tem esse levantamento. 

Segundo a associação, durante a reunião, o desembargador João Bosco lembrou que, embora o Funseg ainda não esteja em operação, o TJ-BA já começou a adotar medidas para aumentar a segurança institucional, como a colocação de câmeras de segurança nos fóruns do interior e capital, e o monitoramento das imagens, além de promoção de cursos de capacitação para os magistrados.