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Processo investiga suposta ligação entre o jogador, ex-Atlético-MG, e uma casa de apostas
Da Redação
Publicado em 7 de fevereiro de 2022 às 14:44
- Atualizado há um ano
O atacante Diego Costa, ex-Atlético-MG, teve o sigilo bancário de contas na Espanha quebrado à pedido da Justiça Federal de Itabaiana, em Sergipe. Na visão dos investigadores, o jogador não conseguiu explicar sua relação com a empresa Esportenet, investigada por evasão de dívisas e lavagem de dinheiro.
As informações são da jornalista Gabriela Moreira, do ge. A determinação, que atende a um pedido da Polícia Federal do estado, já está tramitando internacionalmente, mas ainda não tem prazo para resposta.
O pedido foi feito após Diego Costa ter prestado depoimento à polícia no fim do ano passado. A suspeita dos investigadores é que o jogador atue como financiador da empresa, que tem sede em Aracaju. Diego negou. Afirmou que era cliente do site de apostas, e que a relação era de consumidor. Mas não soube informar qual era seu login e senha usados para acessar o serviço.
Segundo a PF, porém, a movimentação financeira entre Diego e os integrantes do grupo que comandam a empresa é incompatível com essa versão. Duas outras empresas são investigadas, uma delas com sede num paraíso fiscal nas Ilhas Britânicas.
Em outros depoimentos, a PF ouviu que parte dos recursos enviados para fora do país seria para a compra de criptomoedas. Isso poderia servir para mascarar o envio de dinheiro para fora do país, de forma ilegal, incluindo a ação de doleiros.
Um dos sócios da Esportenet é Reinan Nascimento dos Santos, que faz parte da família de Diego Costa. Ele é dono de um clube de futebol em Lagarto, cidade onde nasceu o jogador. Em 2021, a PF deflagrou duas operações com mandados de busca e apreensão em endereções ligados a empresa. Foram apreendidos mais de R$ 13 milhões, que segundo as investigações, seriam fruto do esquema criminoso.