Kanu não marca só atacantes: ele já fez 16 gols pelo Vitória

Faltam dois gols para Kanu se tornar o maior zagueiro-artilheiro do Vitória

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  • Vitor Villar

Publicado em 18 de fevereiro de 2018 às 05:03

- Atualizado há um ano

. Crédito: Maurícia da Matta/EC Vitória

Participar da partida é bom, mas Kanu gosta mesmo é de “brocar”. O zagueiro do Vitória participará de mais um Ba-Vi, desta vez pelo Campeonato Baiano, no Barradão. Será o oitavo clásico dele.

Apesar de jogar na defesa, Kanu vem ganhando fama e carinho da torcida por ser artilheiro. Desde 2015 na Toca do Leão, com uma rápida saída no primeiro semestre de 2016, ele já marcou 16 gols com a camisa do Vitória. Tem tudo para alcançar a marca de Flávio Tanajura, zagueiro que mais fez gols pelo rubro-negro, com 18. Os números são do pesquisador Fred Flávio.

Sobre a marca, Kanu brinca que às vezes não pode fazer nada: a bola procura pelo artilheiro. “Sempre falo que minha função em campo é defender, mas sempre que vou ao ataque tento ao máximo definir as bolas. E a rapaziada brinca comigo que dou sorte, porque tem vezes que a bola acaba no meu pé (risos)”, conta o zagueiro.

“Mas isso aí não é nada mais do que posicionamento. Na verdade, o pessoal não sabe, mas eu comecei a minha carreira como centroavante. Então eu conheço alguns atalhos ali na área. Sei que a bola sempre sobra no segundo pau, então fico por ali para empurrar para dentro se aparecer a chance”, ensina.

Pelo visto, Kanu gosta mesmo da comparação com um artilheiro. Como disse, ele chegou à base do Cabofriense em 2004 como centroavante, e por causa disso recebeu o apelido alusivo ao atacante da Nigéria, carrasco do Brasil na Olimpíada de 1996. Acabou pegando.

No vestiário do Vitória, o zagueiro diz ser conhecido pelo nome de outro centroavante africano: Adebayor, atacante que já defendeu Arsenal e Real Madrid. Pelo visto, Kanu gosta tanto deste apelido que no rubro-negro veste a camisa 25, a mesma usada pelo jogador togolês na maioria dos clubes em que jogou.

Quem pensa que Kanu, por ser zagueiro, tem um repertório limitado de gols, está enganado. Nessa hora, a base como centroavante pesa. Foram quatro gols com o pé direito e um com o esquerdo.

Mas a arma mais temida pelos adversários, obviamente, é a cabeçada. Dos 16 gols, 11 saíram assim. “Nos treinamentos eu sou um dos jogadores mais fortes no jogo aéreo, faço muitos gols assim. Então todos no time sabem do meu potencial, e isso é bom porque eles ajudam a abrir espaço pra mim no ataque”, conta Kanu, 34 anos.

Seja fora ou dentro de casa, Kanu não perdoa. São 10 gols como mandante e seis como visitante. Só no Barradão, palco do Ba-Vi deste domingo, ela marcou sete. 

Mas Kanu também gosta de fazer gols na Fonte Nova. E tome curiosidade: foram três gols lá como mandante, todos em 2015, na Série B, e um como visitante. Este, aliás, foi o único em um Ba-Vi e aconteceu no clássico vencido pelo Vitória por 2x1, na primeira fase do Campeonato Baiano do ano passado.

Mapa dos gols de Kanu: Cabeça 11 / Pé direito 4 / Pé esquerdo 1 Bola rolando 8 / Escanteio 7 / Falta 1 Com Mancini: 11 / Sem Mancini: 5 (3 com Argel e 2 com Gallo) Mandante: 10 / Visitante: 6 Como mandante: Barradão 7 / Fonte Nova 3 No Barradão: Gol da concentração 4 / Gol da Imbatíveis 3 Como visitante: Fonte Nova 1 (Ba-Vi) / Outros estádios 5