Ketleyn Quadros perde nas quartas, mas segue com chance de medalha

Brasileira segue na busca pelo bronze na repescagem

Publicado em 27 de julho de 2021 às 02:35

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Gaspar Nóbrega/COB

Porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, a experiente judoca Ketleyn Quadros ganhou duas lutas na categoria até 63 kg, mas foi derrotada nas quartas de final pela canadense Catherine Beauchemin-Pinard. Apesar do revés, ela segue com chances de medalha de bronze. Já Eduardo Yudy perdeu na estreia na categoria até 81 kg.

Ketleyn Quadros começou com sorte sua caminhada ao pódio em Tóquio, na noite de segunda-feira, pelo horário de Brasília (manhã de terça no Japão). Sua adversária da estreia, a hondurenha Ceglia David, sofreu problemas gastrointestinais e não apareceu para lutar. Ou seja, a brasileira venceu por fusen-gachi, equivalente ao W.O. do judô.

Assim, a porta-bandeira brasileira na abertura, ao lado de Bruninho, do vôlei, estreou direto nas oitavas de final, quando superou Gankhaich Bold, da Mongólia, por dois waza-ari, o que concretizou o ippon.

Nas quartas, a cabeça de chave número cinco fez um duelo equilibrado com Catherine Beauchemin-Pinard. As duas sofreram punições por falta de combatividade nos primeiros minutos do confronto. Quando faltava apenas um minuto para o fim da luta, a canadense acertou uma técnica de sacrifício e venceu por waza-ari.

Com a derrota, a brasileira de 33 anos vai disputar a repescagem, que começa por volta das 5 horas (de Brasília). Para alcançar o bronze, precisará vencer duas lutas. A primeira será contra a holandesa Juul Franssen, oitava colocada do ranking mundial.

Uma das mais experientes da delegação do judô brasileiro, Ketleyn voltou a disputar uma Olimpíada após um hiato de 12 anos Sua estreia aconteceu em Pequim-2008, quando conquistou o bronze e entrou para a história por se tornar a primeira brasileira a levar medalha numa prova individual em Jogos Olímpicos.

Na bagagem, ela tem ainda o vice-campeonato mundial de 2017 por equipe mista. Neste ano, participou da conquista do terceiro lugar no Mundial de Budapeste, na Hungria, também por equipe mista.

Queda na estreia Nascido no Japão, na cidade de Ibaraki, Eduardo Yudy foi superado logo em sua primeira luta. O brasileiro foi batido pelo israelense Sagi Muki por um ippon obtido em menos de um minuto de confronto, válido pela categoria até 81 kg. Muki foi campeão mundial em 2019 e é o cabeça de chave número 2 em Tóquio. Com a derrota, Yudy não tem chances de medalha.

Aos 26 anos, o brasileiro fez sua estreia em Jogos Olímpicos. Atual 24º do ranking mundial, ele foi ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima-2019, campeão pan-americano em 2017 e terceiro colocado no Mundial deste ano, por equipe mista.

Apesar de nascido no país que é o berço do judô, Yudy tem pais brasileiros. Mas sua avó materna é japonesa. Em busca do treinamento de alto rendimento, o judoca se mudou para o Brasil quando tinha 19 anos.