Lei que permite vender terrenos públicos é sancionada pelo prefeito ACM Neto

São 29 áreas que poderão ser vendidas; os recursos serão usados em setores prioritários, como saúde e educação

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  • Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2017 às 15:56

- Atualizado há um ano

A lei que permite ao município de Salvador vender - ou desafetar - 29 terrenos públicos para garantir recursos para setores prioritários, como saúde e educação, em regiões periféricas da cidade, além da realização de obras de infraestrutura, foi sancionada nesta sexta-feira (14) pelo prefeito ACM Neto. O projeto (Lei Nº 9.233/2017) foi aprovado na quarta-feira (12) pela Câmara Municipal e dá início à segunda fase de alienação de áreas públicas da gestão municipal. 

A primeira fase, contemplando 59 terrenos, permitiu a arrecadação de R$ 82 milhões aos cofres municipais. Desse total, cerca de R$ 40 milhões foram destinados às obras de construção do primeiro Hospital Municipal de Salvador, que será entregue no primeiro semestre do ano que vem, na Boca da Mata. O projeto foi aperfeiçoado pelos vereadores e teve a contribuição do Ministério Público da Bahia, com a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que reforça, por exemplo, a obrigatoriedade de usar os recursos para despesas de capital, o que significa a recomposição do patrimônio municipal.

AvaliaçãoA Secretaria Municipal da Fazenda (Sefaz) informou que ainda não é possível fazer uma avaliação precisa do quanto será arrecadado pela Prefeitura com a desafetação dos novos terrenos, o que depende da realidade do mercado no momento da venda e da avaliação das áreas, entre outros fatores. Portanto, conforme o texto sancionado nesta sexta-feira, o preço mínimo do imóvel será fixado com base no valor de mercado estabelecido em avaliação específica, seguindo regras determinadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).Ativa desde 2014, a alienação das áreas públicas é realizada com a divulgação em âmbito nacional e com a determinação de que todo recurso obtido com as vendas seja encaminhado para uma conta bancária única, sujeita à valorização, por meio de correção monetária, gerando mais investimentos em áreas como saúde, educação e assistência social."A Prefeitura entende que a venda desses terrenos beneficia a população que mais precisa. Estamos aplicando os recursos das vendas dos terrenos, exclusivamente em melhorias para a cidade, como na construção do Hospital Municipal. Os recursos também podem ser destinados à novas unidades de ensino, de saúde e de obras em geral", disse o prefeito ACM Neto, em nota à imprensa.