Lembra dele? Aos 39 anos, Ramalho segue com o pulmão em dia

Ex-Vitória, volante enfrentou o Leão neste domingo pelo Freipaulistano

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  • Vitor Villar

Publicado em 17 de fevereiro de 2020 às 06:30

- Atualizado há um ano

. Crédito: Tiago Caldas / CORREIO

Ramalho é mesmo incansável. Não, ninguém aqui está falando do fato dele ainda atuar como profissional, mesmo aos 39 anos de idade.

Estamos falando, isso sim, da boa atuação do volante, dedicado na marcação por 90 minutos e que ajudou o Freipaulistano a arrancar um empate em 0x0 com o Vitória em pleno Barradão neste domingo (16), pela 4ª rodada da Copa do Nordeste.

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O torcedor mais antigo do Vitória conhece bem esse pulmão. Ramalho defendeu o Leão por duas temporadas, em 2002 e 2003, sagrando-se bicampeão baiano. Mais louvável ainda, conquistou o título da Copa do Nordeste em 2003. À época, atuava como volante ou lateral direito."Muito bom (retornar ao Barradão). Feliz, claro, por isso. Principalmente por rever o presidente, acabei de falar com Paulo Carneiro (presidente à época da passagem de Ramalho pelo Vitória)", disse o volante."Alguns diretores daqui são da minha época. Alguns jogadores que atuaram comigo pararam de jogar e agora são técnicos do clube, preparadores de goleiros... Então eu fico muito satisfeito em revê-los aqui, em rever também os torcedores", conta Ramalho.

O atleta refere-se a Mário Silva, supervisor de futebol do Vitória há mais de 40 anos. Rodrigo Chagas, ex-lateral direito e atual treinador do sub-20 do Leão, e Paulo Musse, ex-goleiro e hoje preparador de goleiros, dividiram o vestiário com Ramalho.

CONFIRA ENTREVISTA COM RAMALHO:

BAITA PULMÃO

Foi justamente pela entrega em campo que Ramalho garantiu um lugar de carinho no coração dos rubro-negros, mesmo que tenha atuado aqui por pouco tempo. Após o Vitória, foi campeão da Copa do Brasil pelo Santo André, em 2004, e brasileiro pelo São Paulo, em 2006."Satisfação também de rever a torcida. Tive uma passagem muito boa por aqui, com bicampeonato baiano e título da Copa do Nordeste. Fico feliz por pisar nesse campo mais uma vez e por ter feito uma grande partida", disse.Apesar do sucesso pelo sul do país, Ramalho, que é natural de Natal (RN), guarda o Vitória no seu coração. "O que mais me marcou aqui foi a torcida, sempre. Principalmente no meu primeiro ano aqui, no qual joguei de lateral direito. Quando jogava por aquele lado das arquibancadas a torcida me empurrava o tempo todo. Fiz gol em Ba-Vi, disputei vários clássicos. Essa é a lembrança boa que tenho do Vitória".

VAI APOSENTAR?

Ramalho não fala em aposentadoria: "Tô vendo ainda o que vou fazer, com um pouquinho de calma. Enquanto as perninhas ainda estão boas a gente segue. Com uma boa pré-temporada a gente ainda aguenta, como fiz esse ano aqui no Frei"."Venho jogando todos os jogos. Mesmo com uma idade que todo mundo questiona, continuo fazendo grandes partidas como a de hoje", conta.Apesar da liderança natural, Ramalho não quer ser treinador. E pretende morar em Sergipe, estado no qual atuou nos últimos cinco anos: "Treinador não, isso não penso (risos). Mas penso, sim, em mexer com futebol. Joguei por quatro anos no Sergipe e agora estou no Freipaulistano. Então a intenção é seguir no estado".