Livro revela tudo que os russos sabiam sobre a morte de Hitler

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  • Hagamenon Brito

Publicado em 15 de outubro de 2018 às 05:00

- Atualizado há um ano

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O ditador Adolf Hitler e Eva Braun casaram-se  entre quatro paredes de cimento com quatro metros de espessura no bunker da Chancelaria do Reich, em Berlim, na madrugada de 29 de abril de 1945. "A Morte de Hitler" conta tudo que os soldados russos fizeram para encontrar o corpo do ditador alemão e também mostra fragmentos dos seus restos mortais (Foto/Divulgação) Aos 33 anos, Eva Braun só viveria um dia  como esposa do ditador alemão, o homem que vira pela primeira vez aos 20. Na tarde de 30 de abril, ela mordeu uma cápsula de cianeto de hidrogênio e morreu diante do seu amado. A seguir, Hitler, 56, também pôs uma cápsula de veneno na boca ao mesmo tempo em que dava um tiro na têmpora direita.

Os nazistas só capitularam em 8 de maio, mas, no dia 1º, o ditador soviético Stálin ordenou que os seus soldados investigassem a morte de Hitler e capturassem o corpo do homem que ordenou a morte de milhões de pessoas (só judeus foram 6 milhões) e se tornou o maior símbolo de intolerância do século 20.

Arquivos da KGB - O objetivo era buscar evidências da morte de Hitler ou um trófeu de guerra que provasse ao planeta que o seu país derrotara o monstro?  Mandíbula de Hitler, que teria sido arrancada do cadáver, em Berlim, em 1945, pelos soviéticos (Foto/Divulgação) Bem, os russos encontraram os únicos fragmentos de restos mortais do líder do Terceiro Reich, um pedaço de crânio incinerado e parte de uma arcada dentária, mas nunca permitiram exames comprovatórios, o que gerou algumas teorias conspiratórias de que Hitler não teria morrido em abril de 1945.

Em 2017, porém, depois de dois anos de negociações com o governo de Vladimir Putin, o jornalista Jean-Christophe Brisard, da França, e Lana Parshina, da Rússia, tiveram acesso aos dossiês confidenciais e contam tudo no livro A Morte de Hitler (Cia das Letras/ 352 páginas/ R$ 59,90). Os arquivos da KGB (a principal organização de serviços secretos da Rússia) revelaram toda perseguição ao corpo de Hitler e os interrogatórios daqueles que testemunharam os últimos momentos  do Führer. E, o mais importante, Moscou concordou em mostrar pela primeira vez e deixar que os restos mortais do nazista número 1 fossem examinados.

O estilo narrativo de Brisard e Parshina deixa um pouco a  desejar, mas o livro é interessante e encerra especulações sobre se Hitler teria ou não morrido em seu bunker. Morreu, sim. Não conseguiu fugir dos inimigos em um submarino e chegar à Argentina, onde teria morrido com mais de 80 anos.

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UM GUIA OPORTUNO PARA DEMOCRACIAS AMEAÇADAS Sucesso de público e de crítica, o livraço Como as Democracias Morrem (Zahar/280 páginas/R$ 59,90), dos professores Steven Levitsky e Daniel Ziblatt, de Harvard, analisa a subversão da democracia que ocorre hoje nos EUA, a partir da eleição de Donald Trump. Eles comparam o caso com rompimentos históricos da democracia nos últimos cem anos, de Hitler e Mussolini à atual onda populista de extrema-direita na Europa, passando pelas ditaduras militares na América Latina dos anos 1960 e 1970.

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AS ENTRANHAS DA POLÍTICA NA AINDA FRÁGIL DEMOCRACIA BRASILEIRA Trinta anos depois da publicação do famoso artigo em que cunhou o conceito de presidencialismo de coalizão, o cientista político e sociólogo Sérgio Abranches, 69 anos, faz um perspicaz balanço da história republicana ao revisitar as nossas grandes crises institucionais em Presidencialismo de Coalizão - Raízes e Evolução do Modelo Político Brasileiro (Cia das Letras/440 páginas/ R$ 69,90). Clientelismo, corrupção e judicialização da política são algumas das facetas negativas do sistema.