Livro sobre memória e demência busca popularizar conhecimento neurológico

Obra foi escrita pelo neurologista e professor Antonio Andrade

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  • Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2019 às 23:23

- Atualizado há um ano

. Crédito: Almiro Lopes / CORREIO

Buscando popularizar o conhecimento neurológico na sociedade e celebrar o Dia Nacional do Parkinsoniano, comemorado anualmente no dia 4 de abril no Brasil, o neurologista Antonio Andrade lançou seu livro “Memória e Demência – Desvendando o labirinto do cérebro”, nesta quinta-feira (4), na sede da Associação Bahiana de Medicina, em Ondina. O exemplar é o terceiro do projeto “Neurologia e neurociência na comunidade”.

Antonio Andrade destacou que 15% dos pacientes com Mal de Parkinson desenvolvem falha de memória e que o livro aborda questões de como a memória é formada e alterada, além de trazer informações importantes sobre diagnóstico e importância do tratamento multidisciplinar. 

A doença pode ser diagnosticada em 40 minutos. Os sintomas são tremores involuntários, geralmente unilaterais, associados à rigidez e posteriores dificuldades de locomoção. Com o tempo, o paciente pode passar a apresentar quadros de quedas por conta da doença.“O Parkinson tem distribuição quase igual no mundo inteiro, tendo incidência maior na população acima de 65 anos. E 15% dos pacientes desenvolvem falha de memória associadas ao Parkinson”, explicou o neurologista.Atualmente, cerca de 1% da população mundial com mais de 65 anos tem a doença, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com o médico, é importante que o paciente busque um especialista e receba o tratamento adequado. O tempo de retardamento da doença é necessário para que não fiquem sequelas maiores."Uma vez o paciente indo ao médico e usando a medicação correta, a grande maioria volta a ter atividade normal. Também é importante que ele se alimente melhor, faça exercícios, fisioterapia, além de acompanhamento psicológico", acrescentou.

É importante salientar, ainda, que existem as doenças parkinsonianas, com semelhanças com o Mal de Parkinson, e que responsáveis por afetar o sistema nervoso central. 

A Doença de Parkinson resulta de uma degeneração de células situadas numa região do cérebro chamada substância negra. Elas produzem a dopamina, que conduz as correntes nervosas ao corpo.