Luedji Luna lança o bom EP Mundo e faz sua primeira turnê internacional

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Publicado em 20 de maio de 2019 às 05:00

- Atualizado há um ano

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A cantora e compositora baiana Luedji Luna faz 32 anos, sábado (25), Dia Mundial da África, o que não é mera coincidência para uma mulher preta e talentosa que tem o mesmo nome da primeira rainha africana da etnia Lunda, do início do século XVII. Uma das grandes revelações da música brasileira, a cantora baiana Luedji Luna faz 32 anos, sábado, e lança EP com remixes e convidados como Rincon Sapiência, Djonga e Tássia Reis (Foto/Trama Creative/Div.) Consciente da sua ancestralidade e em busca de seu lugar na música popular brasileira, onde está em ascensão, e no planeta, Luejdi Luna vive uma fase de crescimento artístico em todos os níveis desde que estreou, em 2017, com o ótimo álbum Um Corpo no Mundo, e foi bem recebida pela crítica e público.

A fase de conquistas inclui agora o bom EP Mundo, com remixes do DJ e produtor paulista Nyack para cinco canções do álbum: Acalanto, Cabô, Dentro Ali, Saudação Malungo e Banho de Folhas, com participações especiais de Stefanie MC, Rincon Sapiência, Tássia Reis, Djonga e Zudizilla.

Na verdade, as versões não são meros remixes. Colaborador de Emicida e Flora Matos, Nyack criou releituras que são praticamente novas canções e renovam a estética de Luedji com elementos de rap, R&B (Acalanto, em especial) e house music (Banho de Folhas).

"Tudo tem um conceito. Esse EP nasceu de um encontro natural, orgânico mesmo, com a cena do rap paulista. Em Salvador eu já me ligava no hip hop internacional e no que acontecia na cidade, em bandas como Simples Rap’ortagem. Morando em São Paulo, onde o hip hop é muito mais forte como manifestação da cultura jovem preta, minha conexão com o rap aumentou", conta Luedji. O DJ Nyack e Luedji Luna: o produtor paulista renova a musicalidade da cantora baiana (Foto/Trama Creative/Div.) O embrião para o projeto foi o encontro da cantora com Nyack em um experimento na Red Bull Station, em São Paulo, em 2018, juntamente com o rapper americano Illa J. O DJ paulista usou beats de Illa J num remix de Banho de Folhas e o público gostou. "Nyack sugeriu gravarmos um single, mas eu pensei logo no EP com outras músicas do meu disco", diz Luedji.

A pitada de urbanidade R&B nas releituras de Acalanto e Dentro Ali injetou sensualidade e romantismo na música da cantora baiana, algo que pode revelar seus novos passos, pois cantar o amor é sempre bom e necessário no mundo.

"A receptividade ao EP tem sido boa.  O meu público mais acostumado ao disco Um Corpo no Mundo entende que essa é uma nova experiência minha. E o público de rap tem aberto espaço para mim, assim como artistas do rap que passaram a me seguir no Instagram e os que fui conhecendo na estrada, como Djonga. Ele cantou comigo em um show em Minas", afirma. O show do EP estreou no inovador South By Southwest Music Festival (SXSW),  no Texas, EUA, em março, e será apresentado pela primeira vez no Brasil no Sesc Pompéia, em São Paulo, dias 1º e 2 de junho. "Estou louca para apresentá-lo também em Salvador", diz.

Radicada em São Paulo há quatro anos, mas sempre visitando Salvador ("Longe da Bahia eu me tornei mais baiana ainda, em todos os sentidos, passei a valorizar mais a minha terra"), a cantora inicia, no fim de junho, a sua primeira turnê internacional, com shows nos Estados Unidos, Canadá e Europa.

Já no dia 15 de novembro, a artista se apresenta no Popload Festival, em São Paulo, que também terá atrações como a lendária cantora, compositora e poeta americana Patti Smith e os grupos Hot Chip, Beirut e The Raconteurs. Voa, Luedji, voa.

Veja o videoclipe de Acalanto

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VAMPIRE WEEKEND COLOCA NOVO ÁLBUM NO TOPO DA BILLBOARD Seis anos depois de Modern Vampires of the City, que ganhou o Grammy de melhor álbum alternativo, a banda nova-iorquina de indie rock Vampire Weekend mantém sua personalidade musical, que inclui elementos do african pop, guitarras cleans e boas melodias, mas acrescenta novas influências no seu quarto e muito bom disco, Father of the Bridge (Sony).

O álbum estreou no topo da parada Billboard 200 e pode ser visto do ponto de vista criativo como um trabalho solo do talentoso vocalista e guitarrista Ezra Koenig, 35 anos, espécie de Paul Simon de sua geração e que nos últimos anos constituiu uma família, criou uma série de anime (Neo Yokio) na Netflix e co-escreveu e produziu o hit Hold Up, de Beyoncé.

Com 18 canções (é um álbum duplo no formato físico), Father of the Bridge cresce a cada audição. Músicas como Harmony Hall, This Life, Stranger e Unbearably White só reafirmam a importância do Vampire Weekend.

Veja o videoclipe de Harmony Hall