Maiara e Maraisa não podem mais usar marca As Patroas; entenda

Dupla é acionada na Justiça após cantora baiana Daisy Soares declarar ser dona do nome desde 2013

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  • Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2022 às 17:43

- Atualizado há um ano

. Crédito: reprodução Instagram

Após perder a amiga Marília Mendonça, agora as irmãs Maiara e Maraísa estão passando por um perrengue daqueles na Justiça. Isso porque a dupla sertaneja está proibida de usar a marca As Patroas, projeto que fazia com a rainha da sofrência. A cantora baiana Daisy Soares denunciou que as técnicas do The Voice Kids utilizaram indevidamente a marca que foi criada por ela ainda em 2013.

A cantora da banda A Patroa declarou na Justiça que tinha o mesmo propósito das irmãs, que é levantar o poder feminino. Em 2014, ela  deu entrada com o pedido de propriedade da marca e conseguiu registrar o nome A Patroa no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em 2017. A informação foi divulgada em primeira mão pelo colunista Osmar Marrom, do CORREIO, na sexta-feira (10), a partir do texto deferido pelo juiz Argemiro de Azevedo Dutra, da 2ª Vara Empresarial de Salvador. A liminar determinou que, caso Maiara e Maraisa utilizem da marca criada com Marília Mendonça em qualquer local, eventos, publicidades, físico ou virtual, terão de pagar cerca de R $100 mil de multa.

Daisy contou que conseguiu diversas reuniões com os advogados da Workshow, escritório que cuida da carreira das cantoras sertanejas. Apesar da conversa,  nunca conseguiu um acordo de forma amigável e, por isso, precisou entrar na Justiça para reaver a sua marca oficial.

Ao jornal O Globo Daisy afirmou que acreditava que chegaria a uma "solução amigável" com a dupla e a empresa Work Show. Mas ela relatou "que os diálogos foram interrompidos e os acionados passaram a incrementar a utilização da marca registrada da autora, inclusive com divulgação na mídia do Projeto Patroas, realizando apresentações musicais em formas de lives, disponibilizando músicas em diversas plataformas, comercializando bonés, camisetas, turnês, tudo a levar ao público a ideia de serem titulares da marca Patroas, com mesma fonte de logomarca e cor, estimulando o empoderamento feminino, nos moldes das base da marca da autora".

Segundo o magistrado, a defesa de Maiara e Maraisa tem prazo de 15 dias úteis, a partir do dia da decisão, 8 de junho, para fazer sua apresentação do caso, que cabe recurso. Publicamente, elas ainda não se pronunciaram.

A banda A Patroa emitiu um comunicado em sua página no Instagram nesta segunda-feira comentando a questão.

"O projeto da banda A Patroa iniciou com a ideia deA mostrar o empoderamento feminino. Uma marca forte, com mulheres fortes na linha de frente como a cantora Daisy Soares e a Paulinha na guitarra", afirma a nota. "A Patroa surgiu em 2013 e já se apresentou em grande parte das cidades baianas e no São João do Pelô. Vencedora do troféu cantora revelação em 2019 do São João na Bahia, A Patroa traz um repertório atual e releituras dos clássicos do forro das antigas, conquistando todos os públicos por onde passa".