Mais 42 presos morrem dentro de cadeias no Amazonas

Ontem, briga entre detentos deixou 17 mortos em briga dentro de presídio

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  • Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2019 às 18:40

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Quarenta e dois presos foram achados mortos dentro de cadeias em Manaus nesta segunda-feira (27), informou o Governo do Amazonas. Ontem, uma rebelião no no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj),já havia deixado 15 presos mortos. São 57 mortos em apenas dois dias. Além do Ipat, houve mortes no Centro de Detenção Provisório de Manaus (CDPM) e Unidade Prisional do Puraquequara.

Todas as mortes desta segunda tinha sinais de asfixia. Veja onde ocorreram:Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat) – 27 mortos Unidade Prisional do Puraquequara (UPP) – 6 mortos Centro de Detenção Provisória Masculino (CDPM 1) – 5 mortos, além de 4 feridos levados para atendimento médico Compaj – 4 mortos De acordo com a Seap, "neste momento, a situação está controlada e os presos estão na tranca".  A empresa que faz gestão prisional no Ipat, a Umanizzare, informou que um agente de socialização foi agredido pelos presos. Ele foi levado a um hospital de Manaus, com pequenas escoriações, mas passa bem.

Em nota, o governo do Amazonas diz que o governador Wilson Lima conversou hoje à tarde com o ministro da Justiça, Sergio Moro. 

O Ministério da Justiça vai enviar ao Amazonas membros da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária, que atua quando há crise em cadeias e prisões. Integrantes da Força Nacional de Segurança Pública já estão atuando na área ao redor do Compaj.

Mortes no Compaj Uma briga entre presos no Complexo Prisional Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, deixou 15 mortos neste domingo (26), segundo informações do jornal Em Tempo. Familiares que estavam no local viram quando o primeiro detento foi morto, executado na frente da esposa no horário de visita. A partir daí, os ânimos se acirraram e se seguiram as outras mortes.  As vítimas foram assassinadas asfixiadas ou perfuradas com escovas de dentes. A situação começou como uma briga entre duas facções rivais, de acordo com o jornal. 

Em 2017, o Compaj teve uma rebelião com 56 mortos. Com mais de 17 horas de duração, esse foi considerado "o maior massacre" do sistema prisional do Amazonas.