Mais de 35 mil baianos que já poderiam ter sacado FGTS ainda não retiraram benefício

"Muita gente não tem conhecimento de que tem direito ao recurso", diz educador financeiro

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  • Saulo Miguez

Publicado em 3 de julho de 2017 às 19:31

- Atualizado há um ano

De acordo com a Caixa Econômica Federal, até o dia 21 de junho 35.690 baianos que já tinham direito de sacar as contas inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), ainda não haviam retirado o benefício. O prazo para o saque se encerra no dia 31 de julho.O dinheiro que não for sacado retornará ao fundo de garantia e para ser retirado pelo trabalhador deverá se enquadrar em outra hipótese de saque (como aposentadoria ou aquisição de moradia própria) para receber os valores.(Foto: Reprodução)Para o educador financeiro Antônio Pizarro, o grande número de baianos que ainda não sacaram o benefício pode ser uma decorrência da falta de informação ou pelo fato do recurso não compensar o esforço de ficar na fila do banco."Muita gente não tem conhecimento de que tem direito ao recurso, mas também tem aqueles que não têm tempo mesmo de ir até uma agência bancária e, muitas vezes, perder um turno inteiro na fila", explica Pizarro.Ainda de acordo com Pizarro, o recurso deve ser usado prioritariamente para o pagamento de dívidas. Aquelas que pessoas que não têm débitos a pagar, ou que possuem dívidas muitos altas, devem, segundo o educador, investir o dinheiro. "É uma forma de colocar o dinheiro para trabalhar pra elas", explica. Ele conta que são muitas as opções de investimemnto que variam de acordo com o recurso disponível.O educador alerta ainda que sob qualquer hipótese é vantagem sacar o dinheiro do FGTS. "Por menor que seja a quantia, é vantagem retirar o dinheiro, porque caso contrário o trabalhador só verá esse benefício quando for se aposentar e qualquer investimento é mais vantajoso do que o fundo de garantia.“O FGTS rende menos do que qualquer outro investimento, inclusive a poupança. Então se você tiver condições de sacar o dinheiro das contas inativas, faça isso. Se não tiver dívidas para pagar, procure um outro investimento que o seu banco ofereça”, afirmou o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) Roberto Ellery à Agência Brasil. ​