Major Denice diz que homens também devem combater a violência contra a mulher

Dezenas de pessoas se vestiram de branco e foram às ruas alertar para a necessidade de dar um basta nesse tipo de violência

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  • Da Redação

Publicado em 25 de novembro de 2018 às 11:19

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Amanda Palma/CORREIO

No Dia Internacional da não Violência contra a Mulher (25), homens e mulheres se vestiram de branco e foram às ruas alertar para a necessidade de dar um basta nesse tipo de violência. A caminhada saiu do Farol da Barra, por volta de 9h, em direção a Ondina.

Realizada pela Operação Ronda Maria da Penha, a 1ª Caminhada da PMBA no enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher” contou com a participação de policiais militares femininas, representantes da sociedade civil e da Rede de Atenção à Mulher, em parceria com o Centro Maria Felipa.

À frente da Ronda Maria da Penha, a major Denice Santiago destacou que este é um momento único "para que nós possamos fazer com que homens e mulheres acordem para este  fenômeno e que entendam que só conseguiremos transpô-lo juntos". 

"A violência contra a mulher é um trabalho em parceria. Todos nós precisamos estar juntos lutando", defendeu. A major lembrou ainda que a Ronda Maria da Penha completou o terceiro ano de criação e nesse momento está sendo consolidada uma prática de interiorizando das ações da ronda.

"Acho que o fundamental no começo desse ano foi essa interiorização de levar para cidades do interior que tem um pouco menos de acesso a uma rede forte de proteção às mulheres o trabalho e a atuação no enfrentamento à violência contra a mulher", informou.

O evento foi promovido em parceria com o Centro Maria Felipa, que funciona há 15 anos dentro da Polícia Militar e tem como objetivo dar apoio à mulher policial.  "Todas as demandas que envolvem mulheres, seja violência, assédio, ou precisem de qualquer tipo de ajuda, nós apoiamos. Se ela precisa na delegacia fazer uma denúncia ou um exame de lesão corporal, nós acompanhamos", explica a coordenadora Leidian Peixoto.

Em média, 10 mulheres são atendidas no centro por mês. Lá também estão sendo realizadas palestras para as PMs. "Estamos desenvolvendo um projeto de empoderamento feminino, com palestras mensais sobre saúde integrativa, inteligência emocionalpara que ela busque essa consciência de que além de policial, ela também é mulher e exerce outros papéis", explicou.

A secretária de Políticas para as Mulheres (SPM), Julieta Palmeira, também esteve no evento e falou da importância de estimular as denúncias de violência. "É preciso estabelecer que não é um problema apenas de polícia, é cultural. É preciso prevenir e puniri como a Lei Maria da Penha estabelece, e é preciso um esforço enorme para descontruir essa cultura machista, envolvendo as diversas áreas, como educação, e desenvolver esse trabalho", afirmou.