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Escola explorou diversas formas para representar a vida de Jesus
Publicado em 24 de fevereiro de 2020 às 09:47
- Atualizado há um ano
A Mangueira entrou na Sapucaí na noite desse domingo (23) para quebrar paradigmas. Mostrou Jesus como negro, índio e LGBT e trouxe para a avenida uma rainha de bateria com o corpo coberto e sem sambar.
A escola mostrou diferentes faces de Jesus, sua vida e seus ensinamentos nos dias modernos, como jovens negros e pobres presos, indígenas, mulheres e membros da comunidade LGBT. O presidente de honra Nelson Sargento e a cantora Alcione representaram José e Maria.
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O enredo "A Verdade vos fará livre" foi mostrado em 19 alas, com cinco carros e três tripés.
Chamou atenção a rainha de bateria Evelyn Bastos, que entrou na avenida sem sambar. Ela representou Jesus como mulher, usando um vestido roxo, acorrentada e com uma coroa de espinho.
O carnavalesco Leandro Vieira explicou que a função tem outras características além de sambar. "Uma rainha de bateria pode mais. Pode mais do que só sambar. É um personagem importante e muitas vezes desmerecido. A ideia de que a rainha de bateria é uma gostosa que tem que vir seminua à frente é uma coisa já ultrapassada", explicou.
Um dos carros refletia se os jovens negros presos no Brasil não seriam mais uma face de Jesus.
Veja um trecho do desfile: