Manifestantes protestam contra Vale e lembram tragédia de Mariana

Protesto lembrou os quase dois anos da tragédia ambiental

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Publicado em 2 de outubro de 2017 às 15:16

- Atualizado há um ano

. Crédito: Roberto Franco/ UFMG

Manifestantes do Movimento dos Atingidos pelas Barragens (MAB) fizeram protesto na manhã de hoje (2) para lembrar os quase dois anos da tragédia ambiental de Mariana, em Minas Gerais. O ato ocorreu no Leblon, bairro na zona sul do Rio, onde funciona o escritório da Vale, uma das proprietárias da mineradora Samarco.

Em 5 de novembro de 2015, o rompimento de uma barragem da Samarco liberou mais de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração, devastando a vegetação nativa e poluindo a bacia do Rio Doce. A tragédia matou 19 pessoas e destruiu casas na cidade de Mariana.

O grupo de manifestantes caminhou pelas ruas do Leblon até o prédio que abriga o escritório da Vale, na Rua Almirante Guilhem. Segundo os manifestantes, as consequências do desastre afetaram ao menos 1 milhão de pessoas ao longo do Rio Doce, em Minas Gerais e no Espírito Santo.

Com cruzes de madeira e palavras de ordem, o protesto criticou a falta de responsabilização pela tragédia. O ato fez parte das atividades do 8° Encontro Nacional do Movimento dos Atingidos por Barragens, que teve início ontem e vai até esta quinta-feira.

O protesto chegou a fechar vias do bairro, como a Avenida Afrânio de Melo Franco e a Rua Humberto de Campos. Os manifestantes deixaram o Leblon por volta de 9h30 e voltaram para o Terreirão do Samba, no centro da cidade, onde haverá a abertura do encontro na tarde de hoje.