Manifestantes vão às ruas do País após morte de Marielle e Anderson

No Facebook, atos foram confirmados para o Rio de Janeiro, Brasília e outras seis capitais

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  • Da Redação

Publicado em 15 de março de 2018 às 18:11

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução Facebook

Movimentos sociais e grupos ligados ao PSOL marcaram para esta quinta-feira, 15, uma série de manifestações em razão da morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), de 38 anos, e do motorista Anderson Pedro Gomes, de 39, na noite desta quarta-feira, 14.

Em São Paulo, um grupo de cerca de 100 manifestantes já se aglomerava no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), por volta das 16 horas, para protestar contra os assassinatos. "Marielle, presente!", gritam os manifestantes.

Estão presentes militantes do PSOL, com bandeiras que representam o feminismo, coletivos feministas, integrantes do sindicato dos professores do Estado, a Apeoesp, entre outros apoiadores. Policiais militares acompanham o ato a distância. 

Não havia bloqueios na via até as 16h30. "Este ato é para mostrar que não vamos desistir da luta de Marielle. Não vão calar a nossa voz. A luta da Marielle se faz presente", disse um dos manifestantes, no microfone.

Em Salvador, cerca de 2 mil pessoas entre estudantes, professores, representantes partidários ligados à esquerda e participantes do Fórum Social Mundial realizaram na manhã desta quinta-feira um ato de protesto na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Com gritos contra a intervenção federal e pela luta dos negros no Brasil, os manifestantes seguiram pelas ruas com cartazes e faixas.

A representante da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa (Amped) Maria Luiza Süsssekind disse que "é triste ver como se matam pessoas". "Precisam investigar o que aconteceu com clareza. Estamos aqui por Marielle e pelo motorista." O professor da UFBA Francisco Pereira destacou a importância de se esclarecer o crime. 

"Não se pode sair matando pessoas que lutam pelas causas justas. Que tem coragem de expor o lado em que estão." Os organizadores do ato são representantes do grupo Povo Sem Medo, que surgiu em 2016.

"Que fique claro que não estamos aqui somente por Marielle, mas pelos negros lutadores e batalhadores, pelas perdas dos trabalhadores neste regime, pelo motorista também assassinado e contra essa farsa da intervenção no Rio de Janeiro", afirmou Vitor Aicau, membro do movimento Povo sem Medo. Também participaram da passeata a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e o vereador de Salvador Hilton Coelho (PSOL).

No Facebook, atos foram confirmados para o Rio de Janeiro, Brasília e outras seis capitais.