Mano Brown recebe Wagner Moura para falar de arte e política em podcast

Penúltimo episódio do Mano a Mano estará disponível gratuitamente a partir desta quinta (2) no Spotify

  • D
  • Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2021 às 14:35

- Atualizado há um ano

. Crédito: Jef Delgado/divulgação

Podcast que consagrou o rapper Mano Brown como um dos melhores apresentadores do ano no Brasil, o Mano a Mano chega ao seu penúltimo episódio nesta quinta (2), tendo como convidado o ator baiano Wagner Moura, que é diretor do filme Marighella. O acesso ao programa é gratuito pelo Spotify.

Um dos pontos altos da conversa, é claro, o filme sobre o ativista político baiano Carlos Marighella. Wagner queria Brown como protagonista, o que não aconteceu por causa de conflitos de agenda dos dois. Hoje, com Seu Jorge interpretando Marighella, Mano Brown avalia o convite: “Eu acho que eu não nasci pra isso e aprendi a respeitar muito mais a profissão de ator. Não é fácil e não é pra qualquer um. Tem que estudar, tem que ter tempo, tem que ter compromisso. Você tem que ser livre, tem que renunciar muita coisa, dos seus próprios complexos. Eu não sei como vocês lidam com isso quando estão sozinhos”.Política é outro tema da conversa e Wagner relembra quando começou a prestar mais atenção no assunto em sua vida cotidiana.“Quando eu comecei a entender que eu vi coisas que não faziam sentido, foi quando eu comecei a procurar saber. (…) Minha casa não era uma casa de gente politizada. (…) Depois que eu entrei para a faculdade de jornalismo, aí sim, aos 17 anos, abriu um mundo”, diz Moura.Wagner também relembra um dos primeiros shows que viu dos Racionais, em Salvador. “Eu nunca vou esquecer aquele show. Você chamou uns moleques do rap de Salvador no palco, você rimou, você fez freestyle com um moleque lá. E eu nunca vou esquecer aquilo, cara. Aquele cara era muito zangado. Era uma raiva muito potente e compreensível”, recorda.

Em seguida, aproveita para perguntar a Brown como ele se enxerga hoje em dia: “Eu não sou cheio de razão. Eu não afirmo mais nada com tanta convicção. Tá tudo em mutação. Só com 50 anos você percebe isso. Com 20 anos, você é um incendiário, e depois dos 30, vira bombeiro. Você quer corrigir as coisas, aquelas músicas, aqueles machismos, aqueles erros brutais da juventude que só o jovem tem direito a cometer”, responde o MC.O último episódio vai ao ar na semana que vem, dia 9 de dezembro. Nos episódios anteriores, Mano Brown recebeu a cantora Karol Conká, o médico Drauzio Varella, o ex-Presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva, os craques veteranos do Santos Futebol Clube Juary, Gilberto Sorriso e Pita, o pastor Henrique Vieira, o vereador da cidade de São Paulo Fernando Holiday, o técnico de futebol Vanderlei Luxemburgo, a cantora e compositora Leci Brandão, o rapper Djonga, a cantora Ludmilla, o casal de atores Taís Araújo e Lázaro Ramos, o professor e arqueólogo Rodrigo Silva, a cantora Gloria Groove e a filósofa e escritora Djamila Ribeiro.