Marca de cosmético investe em tecnologia como aliada do meio ambiente

Até 2022, todos os produtos de O Boticário terão embalagens refil e recicláveis

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  • Vanessa Brunt

Publicado em 20 de agosto de 2018 às 08:06

- Atualizado há um ano

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O consumo consciente pode ter na tecnologia uma grande parceira. O Grupo Boticário, que concentra  50% da produção na Bahia, está investindo em inovações tecnológicas que vão impactar na produção e vendas futuras. Grupo com maior projeto de reciclagem do país, a marca de cosméticos e perfumaria deseja exemplificar como a inteligência artificial pode colaborar para o meio- ambiente e consumo sustentável.

Até 2022, todos os produtos da marca terão embalagens refil e recicláveis. As lojas físicas, porém, já contam com depósitos de embalagens para que os consumidores possam levar os resíduos, que são destinados para processos de reciclagens.Mas essa é somente uma das novidades. Nos próximos quatro anos, a marca ainda vai instalar vitrines digitais em todos os seus pontos. “Não teremos mais essas vitrines físicas, que geram mais lixo. Os clientes vão se deparar com grandes telas antes de entrarem nas lojas. Essas telas vão fazer um reconhecimento facial, analisando gênero e idade do cliente e, após, indicando diversos produtos ali mesmo, para que o consumidor clique e analise as produções”, explica Felipe Magal, um dos representantes de tecnologia da rede. Leia também:Consumo consciente: quando ter menos é ter mais

Pioneira em pesquisas alternativas, a marca O Boticário não faz testes em animais e foi a primeira fabricante do setor a desenvolver a Pele 3D no país. A tecnologia equivale a uma estrutura cutânea formada por várias camadas celulares, utilizada para avaliar a segurança e a eficácia de uma substância cosmética em peles humanas. Com ela é possível testar várias formulações, analisando possíveis alergias, por exemplo, sem precisar atingir os bichinhos.“Precisamos entender que inteligência artificial não é algo distante e complexo, pelo contrário. A tecnologia deve ser utilizada para simplificar as coisas, nos dando suporte para soluções. Não adianta um grande robô que se mexe como um humano, mas não tem utilidades para o dia a dia. O futuro é esse: a tecnologia ajudando para que possamos consumir sem afetar tanto a natureza”, afirma Magal, que ainda lembra da dominância de paredes brancas na fábrica, para que a luz do sol reflita e ajude em um menor gasto de energia elétrica.As embalagens da linha Cuide-se Bem, de O Boticário, combinam tecnologia e sustentabilidade. A diferença está em seus frascos e bisnagas, produzidos com plástico vegetal cem por cento renovável, feito a partir da cana-de-açúcar, em vez da tradicional matéria-prima produzida com petróleo. No processo de produção, este novo formato captura e fixa gás carbônico da atmosfera, colaborando para a redução da emissão dos gases causadores do efeito estufa. Com essa iniciativa, o Grupo Boticário contribuiu diretamente para a redução de cerca de 3 mil toneladas de CO₂ por ano, o equivalente ao carbono estocado em mais de 17 mil árvores. As novas estruturas da Fábrica de Camaçari, na Bahia, foram projetadas para receber a certificação LEED de edificações sustentáveis e contam com tecnologias de separação e distribuição jamais vistas no mercado até então, como transelevador e pickin by light: que são visores numéricos dotados com botões nas caixas de armazenamentos. Outra iniciativa recente foi a instalação de um braço mecânico para automatizar a colocação das tampas no Malbec, produto considerado carro-chefe da perfumaria nacional.