Margareth Menezes, Preta Rara e Monique Evelle fazem último Mulher com a Palavra

Programa é apresentado por Rita Batista

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  • Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2021 às 14:56

- Atualizado há um ano

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O último programa Mulher com a Palavra discute o Afrofuturo neste domingo (31), às 18h. As convidadas são: a fundadora da Inventivos, plataforma de aprendizagem para o futuro do trabalho, Monique Evelle, a cantora e compositora Margareth Menezes e a rapper, historiadora, turbanista e escritora Preta Rara.

O programa fecha a atual temporada do projeto e tem transmissão no YouTube e na TVE Bahia.

O conceito de ‘Afrofuturo’ é oriundo do movimento afrofuturista, que ficou conhecido através do filósofo, músico e poeta americano Sun Ra, na década de 50. No Brasil, o movimento tem se popularizado nos últimos anos e, sobretudo, tem como objetivo discutir perspectivas de futuros possíveis para a população negra ao redor do mundo. É sob este olhar que o projeto reuniu as 3 personalidades negras para dialogarem sobre o tema.

Margareth Menezes afirmou que o afrofuturismo é construído no presente e para fazer o melhor possível ela opta por experimentar. "Adoro experimentar e acho maravilhosa a pesquisa que o ambiente futurístico traz, não só em relação à música, mas em toda em toda a sua expressão. O afropop é contemporâneo e flerta com o futurismo o tempo todo. Sempre falei que meu estilo, meu comportamento com a música, é afro contemporâneo", disse a cantora.

Empresária e uma das 30 personalidades abaixo dos 30 anos da revista Forbes, Monique Evelle comemora as quatro gerações de mulheres negras discutindo sobre o futuro e tomando Salvador como lente para fotografar os cenários possíveis. "Quando a gente fala de Afrofuturo, eu consigo olhar no retrovisor e saber que o que eu estou fazendo, Margareth já fazia há muito tempo", afirmou Monique.

Além das soteropolitanas Monique e Margareth, a rapper, historiadora, turbanista e escritora Preta Rara, de São Paulo, também comemorou o encontro de gerações e pensamentos no programa e acredita que a soma de tudo isso trouxe um debate muito rico.

(Foto: Caio Lírio)

(Foto: Caio Lírio)

(Foto: Caio Lírio)

Balanço positivo Rita Batista não esconde a emoção para falar do projeto e confessou ter ficado muito feliz por encontrar amigas, ídolas e pessoas que a equipe já queria reunir. Uma grande ironia é que a pandemia do coronavírus possibilitou que uma série de convidadas pudesse participar, já que o programa passou a ser virtual - antes, acontecia no Teatro Castro Alves.

"Conseguimos fazer, com ajuda da tecnologia e da equipe incrível e incansável que temos. Ajustamos agendas de mulheres das mais variadas ocupações e compromissos. Foi um desafio, mas acreditamos que daria certo e funcionou muito. A resposta do público mostra bem e marca esse termômetro. Conseguimos aprofundar temas que estão bem alinhados com a dinâmica social do país e do mundo, o protagonismo das mulheres nas diversas áreas", disse Rita.

Diretora-geral da Maré Produções Culturais, produtora do evento, Fernanda Bezerra segue na mesma linha e avaliou muito positivamente a temporada, já antecipando que a ideia, daqui pra frente, é transformar o Mulher Com A Palavra num festival multicultural e com alcance em todo o Brasil.

Segundo Fernanda, a próxima temporada será lançada no final do primeiro semestre de 2022 e o projeto fechou parceria com o canal Futura para distribuição ao vivo em todo o país.