Maria Bethânia é eleita nova imortal da Academia de Letras da Bahia

Cantora de 75 anos vai ocupar a Cadeira 18, do historiador e professor Waldir Freitas Oliveira, que morreu em junho

  • D
  • Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2021 às 19:25

- Atualizado há um ano

. Crédito: Jorge Bispo/divulgação

A cantora baiana Maria Bethânia foi eleita nesta segunda-feira (11) a mais nova imortal da Academia de Letras da Bahia (ALB). Bethânia vai ocupar a Cadeira 18, que era ocupada pelo historiador, ensaísta e professor Waldir Freitas Oliveira, que morreu no dia 17 de junho deste anos, aos 92 anos. A cantora será a 5ª titular da cadeira que tem como patrono o advogado Zacarias de Góes e Vasconcelos.

Apesar da cantora não ter uma produção literária de destaque, a ALB usou como justificativa para a eleição, o fato da cantora ser “uma defensora das letras”, e "divulgar em seus espetáculos as obras de nomes como Fernando Pessoa, Clarice Lispector, Sophia de Mello Breyner Andresen, Guimarães Rosa entre outros."  A Academia de Letras da Bahia ainda destacou que Bethânia “escreveu e divulgou textos de sua própria autoria, tendo pontuais incursões na composição”.

Nos registros literários, Bethânia aparece como autora de poucas obras, entre elas, Omara & Bethânia - Cuba & Bahia, livro que acompanhou o DVD de mesmo nome, que registrou o encontro da baiana com a cantora cubana Omara Portuondo. Maria Bethânia em conversa virtual com alguns membors da ALB (reprodução) Entre as poucas composições de Bethânia estão canções como Trampolim, Luz da Noite, Pássaro Proibido e Caras e Bocas, todas em parceria com o irmão Caetano Veloso. Além de Carta de Amor, com Paulo César Pinheiro e outras duas composições com Rosinha de Valença, Cana Caiana e Reino Antigo.

Nascida em Santo Amaro da Purificação, Maria Bethânia Teles Veloso tem 75 anos e tem mais de 55 anos de carreira na música.