Marido é suspeito de jogar mulher do 4º andar de prédio em briga

Ele nega crime e diz que ela mesma pulou; suspeito foi preso tentando fugir

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  • Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2018 às 14:16

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Luís Felipe Manvalier, marido da advogada Tatiane Spitzner, disse em depoimento durante uma audiência de custódia que não tira a imagem da mulher "pulando da sacada" da cabeça. Ele é acusado de jogar a esposa do 4º andar do prédio, mas alega que Tatiane se suicidou. O caso aconteceu em Guarapuava, no Paraná. Luis Felipe foi preso depois que bateu o carro na BR-277.

"Eu bati o carro porque, devido à situação, a imagem da minha esposa pulando a sacada não saía da minha cabeça", disse Luís Felipe em trecho do depoimento, que foi divulgado pelo G1.

A polícia diz que depois da queda, Luís Felipe recolheu o corpo da mulher e levou de volta para o apartamento do casal. Pouco tempo depois, ele sofreu o acidente no trecho da BR-277, a 300 km da cidade. A polícia acredita que ele fugia para o Paraguai. Ele nega.

O advogado dele, Cláudio Dalledone Junior, afirma que Luís Felipe e Tatiane eram "um casal feliz" e que os fatos "ainda não são claros", mas a justiça vai ser feita e seu cliente é inocente. O corpo da advogada foi enterrado na segunda-feira (23). 

Além do feminicídio, Luís Felipe pode responder também pelo roubo do carro da mulher.Morte O caso foi na madrugada de domingo (22). A Polícia Militar foi chamada por volta das 3h na Rua Senador Pinheiro Machado, informada que uma mulher teria pulado ou sido jogada da sacada de um prédio. Ao chegar lá, os PMs acharam muito sangue na calçada e foram informados que um homem tinha levado a vítima no colo para dentro do prédio.  (Foto: Reprodução) Na escada da entrada do prédio, foi achado um par de botas femininas. No segundo elevador, havia um brinco no chão. Na entrada do apartamento do casal, havia sangue.  Os PMs arrombaram a porta do apartamento e acharam a advogada caída no chão, com muito sangue na cabeça. O socorro médico foi chamado, mas quando chegou a advogada já estava morta.

“Nesse momento, um casal de moradores no apartamento ao lado, relatou que ouviu gritos de uma discussão, vindos do apartamento e que ouviram a mulher gritando por socorro, a qual foi vista pela vizinha, chorando na sacada”, relata o boletim de ocorrência. 

Os vizinhos que viram a mulher chorando foram ligar para a polícia, quando escutaram um barulho. Ao voltar para a janela, viram que a vítima estava caída na calçada. 

As imagens de segurança do prédio mostraram o marido da vítima saindo em um carro branco. Com o alerta da polícia emitido, o veículo foi achado em São Miguel do Iguaçu, após um acidente. O marido abandonou o carro e caminhava no sentindo Foz do Iguaçu quando foi localizado pela polícia. 

O delegado de São Miguel do Iguaçu, Francisco Sampaio, que primeiro ouviu o suspeito, diz que Luis Felipe negou em depoimento ter matado a mulher. Ele relatou que houve uma discussão do casal, que começou em um bar. “Ele estaria comemorando o aniversário dele, e lá ela teria pedido a ele para olhar um aplicativo de mensagem no celular dele. E ele se negou a dar para ela verificar. A partir daí começaram as discussões”, informou o delegado.

Os dois seguiram para casa, onde a briga se agravou. O marido contou que precisou imobilizar a mulher no sofá. “Ele a impediu de sair do apartamento. E de acordo com ele, na sequência, ela pegou o rumo à sacada e haveria se atirado de repente”, detalhou o delegado.