Mart'nália canta Vinicius de Moraes em apresentação única no TCA

Salvador é quarta cidade a receber show da turnê

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  • Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2019 às 09:20

- Atualizado há um ano

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Homenageado por Mart’nália em seu novo disco, o poeta Vinicius de Moraes (1913-1980) é velho conhecido da artista carioca de 53 anos. Ainda na infância, ela via o pai, o sambista Martinho da Vila,  assobiar Insensatez. “De tanto meu pai assobiar, eu achava que essa era uma música dele. Meu pai era um 'amigo chapa' de Vinicius, mas eu não tive esse contato. Para mim, era o amigo de boina de meu pai. Eu nem pensava em música”, recorda.  Mart'nália também lembra que a mãe costumava cantar a Tonga da Mironga. As duas canções estão presentes no disco Mart’nália canta Vinicius, que ela apresenta pela primeira vez amanhã, em Salvador. O show acontece na Sala Principal do Teatro Castro Alves. A última vez que ela se apresentou na cidade também foi para lançar um álbum, o + Misturado, em agosto de 2017, na Concha Acústica.

“Sempre é um prazer para mim fazer show, não importa se no teatro ou em um espaço aberto. No final, é sempre uma alegria só”, opina. Esse é o quarto show da nova turnê, que já passou por Minas Gerais, Rio de Janeiro e Florianópolis. “Tem sido uma experiência muito legal e ainda tem aquele gostinho de tudo muito novo, apesar de ser Vinicius, de as pessoas já conhecerem”, conta Mart’nália, que há anos se aventura a cantar Vinicius. Além de já ter gravado músicas como Tempo Feliz e Pra Que Chorar, parcerias do Poetinha com Baden Powell (1937-2000), a cantora já tinha prestado tributo a Vinicius em uma série de shows em 2013 e vinha interpretando o cancioneiro dele e de Noel Rosa em apresentações mais recentes. “Fiquei pensando em fazer um disco novo, mas não fazer algo totalmente diferente, para dar uma relaxada, dar uma descansada. Comecei a pensar não em um disco de carreira, mas em um disco de projeto. Como Tereza Cristina, minha amiga, vascaína que nem eu e parceira tinha gravado Cartola e Noel, decidi ficar só com Vinicius“, recorda. 

[[embed]] A voz rasgada e suave da cantora, traduz tudo o que é motivação para os versos do Poetinha, numa linguagem íntima porém desacorrentada: o amor pelas mulheres, a compaixão pelos desfavorecidos, a impaciência com os medíocres.  Amparada nos arranjos de Celso Fonseca em parceria com Arthur Maia (1962-2018), Martn’ália se junta ainda a nomes como Maria Bethânia e Carla Bruni, que dividem faixas com ela, e Caetano Veloso, que assina o texto de apresentação do álbum e para quem “a malandragem envolve-se, sutil, no romantismo, no protesto, na obstinação” nele.    

Serviço: Sala Principal do Teatro Castro Alves. Amanhã, 21h. Ingressos: R$ 140 | R$ 70 (filas A a W); R$ 110 | R$ 55 (filas X a Z8); R$ 80 |R$ 40 (filas Z9 a Z11). Vendas na bilheteria do TCA, SAC's dos shoppings Barra e Bela Vista e no site ingressorapido.com.