MC Livinho deverá pagar R$ 25 mil por agressão após show no Carnaval de 2017

Agressões físicas aconteceram após vítima cobrar e xingar cantor por atraso de três horas

O funkeiro MC Livinho, 24 anos, foi condenado a pagar R$ 25 mil de indenização a um homem que o acusa de agressão após um show, no Carnaval de 2017, na cidade de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais.  De acordo com o processo, o músico e quatro seguranças agrediram Thomas Freitas Diniz com socos e pontapés após a vítima ter xingado Livinho por um atraso de três horas no show. O próprio autor do processo afirma ter dito para o funkeiro “ir tomar no cu” pelo atraso. O músico pode recorrer da decisão. (Foto: Divulgação) A versão de Diniz foi confirmada por mais três testemunhas. No processo, ele pedia indenização de R$ 50 mil. O juiz André Luiz da Silva da Cunha, da 17ª Vara Cível de São Paulo, acatou parcialmente o pedido do vítima, reduzindo o valor a ser pago para R$ 25 mil. [[saiba_mais]] MC Livinho foi ouvido também no processo e negou ter qualquer envolvimento na agressão. Segundo a sentença, publicada nesta quarta-feira (13), ele disse ter ouvido xingamentos e o início de um tumulto, “o que fez com que seus seguranças o colocassem para dentro do veículo, não tendo visto o que ocorreu”. 

O juiz classificou o depoimento do funkeiro como inverossímil e destacou que, apesar de ter havido a ofensa verbal contra ele, é inegável que a agressão física em resposta se mostrou "desproporcional" e "absolutamente desnecessária", provando que o autor "foi injustamente agredido". “O autor teve a sua integridade corporal violada. Além disso, foi injustamente agredido por cinco pessoas, estando absolutamente impossibilitado de esboçar qualquer reação. Acresça-se que a agressão ocorreu em local público no qual se realizavam festas de Carnaval, sendo, portanto, presenciada por diversas pessoas, fato que causou grande vexame e humilhação”, aponta o juiz na decisão. O advogado Fábio Trubilhano, que representa Diniz, afirmou que a indenização tem função dupla, reparar os danos sofridos pela vítima e desestimular novos atos semelhantes. Ele acrescenta ainda que, na sua avaliação, o valor deveria ter ficado em R$ 50 mil, mas não vê a redução como indevida, e não deve recorrer. A assessoria de MC Livinho não se posicionou sobre o assunto.