Médica acusada de matar professora no trânsito será julgada em fevereiro

Acidente com morte ocorreu na Pituba em março deste ano

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  • Da Redação

Publicado em 20 de setembro de 2018 às 12:56

- Atualizado há um ano

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O juiz Augusto César Silva Britto, da 16ª Vara Criminal, marcou para o dia 7 de fevereiro de 2019 a audiência de instrução e julgamento da médica Rute Nunes Oliveira Queirós, acusada pelo Ministério Público de provocar o acidente que resultou na morte da professora de balé Geovanna Alves Lemos, no dia 15 de março deste ano, no bairro da Pituba, em Salvador.

A Justiça não aceitou os argumentos da defesa da médica - que solicitou decretação da absolvição sumária. Rute foi indiciada por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e por lesão corporal culposa, já que o motaxista ficou ferido no acidente. Geovanna e Rute (Foto: Reprodução) O inquérito sob a investigação da delegada Maria Andrade, plantonista da 16ª Delegacia (Pituba), foi encaminhado em maio ao Ministério Público Estadual (MP-BA).  

O juiz, em sua decisão, resolveu rejeitar “a preliminar de atipicidade ou mesmo de ausência de justa causa arguída pela Defesa, uma vez que o Caderno Inquisitivo se encontra suficientemente instruído com os elementos de prova (oral e técnico) para a propositura da Ação Penal em tela”.

O juiz também rejeitou “as preliminares de ilegitimidade do Ministério Público e de incompetência deste Juízo, em face do crime de lesão corporal culposa no trânsito atribuído à denunciada”. 

“Uma grande vitória para os familiares da vítima. Foi acolhido exatamente o que Ministério Público colocou: ela estava no celular, evadiu do local, não prestou socorro, foi imprudente e matou culposamente uma pessoa. Caso seja condenada, a médica pode ser ficar presa de três a seis anos. O MP-BA reconheceu que a médica foi imprudente”, afirmou o advogado Hermano Gottschall, que representa a família da professora. 

O laudo elaborado pela Polícia Civil concluiu que foi um acidente e não houve intenção da médica de matar a professora de danças e ferir o motoboy. Geovanna e o mototaxista estavam de capacete no momento da batida.

A professora estava indo  para o Colégio Sartre, onde dava aulas, no momento em que ocorreu o acidente – trabalhava lá como professora assistente há dois anos. Ela também dava aulas na Ebateca, em Brotas.

Já a médica Rute Nunes, ex-diretora médica e assessora técnica do Hospital Geral Roberto Santos, estava indo buscar a filha na escola.