Médico nega existência de tratamentos experimentais em Schumacher

Jornal francês tinha afirmado que ex-piloto passava por método sigiloso com células-tronco

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  • Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2019 às 16:18

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Shutterstock/Reprodução

Michael Schumacher foi transferido, no início de setembro, para a ala de cirurgia vascular do hospital Pompidou, em Paris. Na época, o jornal Le Parisien afirmou que o ex-piloto iria passar por transfusões de células-tronco, o que funcionaria como uma ação anti-inflamatória sistêmica. Porém, o chefe da área na instituição, Philippe Menasché, negou e criticou a versão divulgada."Eu e minha equipe não estamos realizando experiência alguma. É um termo abominável que não faz parte do vocabulário de quem pratica seriamente a medicina", falou Menasché ao jornal italiano La Reppublica."É verdade que fui um dos primeiros a realizar transplantes de células tronco no coração, mas o ciclo de testes clínicos foi concluído há dois anos", continuou.

O cirurgião vascular admitiu ao La Reppublica que é responsável por conduzir uma pesquisa sobre o uso de células tronco na reparação de órgãos como rins, fígado e cérebro, mas não comentou se é esse o tipo de tratamento usado em Schumacher. Contudo, fez questão de lembrar que não existe uma supercura em seu trabalho."Não faço milagres com células-tronco. Nos últimos vinte anos, assistimos a um grande progresso, mas a verdade é que sabemos muito pouco sobre onde podemos chegar".Schumacher sofreu um acidente praticando esqui em dezembro de 2013, no sul da França. Ele caiu e bateu a cabeça em uma rocha, permanecendo em um coma e ficando internado durante seis meses em um hospital no país. Atualmente, ele vive na Suíça, onde tem cuidado intensivo em casa. Porém, a família do ex-piloto mantém seu estado de saúde sob forte sigilo.