'Meu filho ficou todo estourado', diz pai de jovem que morreu em 'pêndulo humano'

Corda foi mal regulada em viaduto e rapaz foi direto para o chão

Publicado em 6 de outubro de 2020 às 14:42

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Reprodução

Minutos antes de salto fatal, Adam Cardoso (de branco) observou um praticante saltar (Foto: Reprodução) Adam Esteves Cardoso morreu no último sábado (3) vítima de um acidente em um salto de rope jumping, modalidade esportiva conhecida como pêndulo humano. O empresário estava amarrado por cordas e equipado com um capacete para lançar-se em um vão de 107 metros de altura. As informações são da revista Época.

Polícia apura erro em cordas que causou morte em 'pêndulo humano'

Na hora do salto, a corda que prendia o corpo de Adam deveria ter ficado a, no mínimo, cinco metros do chão quando esticada. Dessa forma, o corpo do empresário balançaria de um lado para o outro, como um pêndulo. Assim que o movimento parasse, ele seria colocado no chão com segurança.

Adam saltou, foi imediatamente de encontro ao solo e morreu na hora por politraumatismo craniano. O acidente ocorreu em um viaduto de Minas Gerais. Viaduto da Prainha, onde salto foi realizado (Foto: Reprodução) A Polícia Civil investiga se houve um erro no ajuste da corda, que teria ficado longa demais no momento do salto de Adam e causado a tragédia.

“Ninguém queria que ele fosse, a mãe dele pediu para ele não pular. Mas ele estava empolgado, era jovem e insistiu que conhecia gente que já tinha pulado. Então ele foi, estava alegre no dia, eu vi as imagens antes do salto. Mas ele pulou e foi direto para o chão. Como ele caiu em pé, o corpo dele encolheu com o impacto. Meu filho ficou todo estourado. Eu precisei ir até lá para ver com meus próprios olhos porque eu não queria acreditar nisso”, disse Luiz Carlos, pai de Adam, à revista Época.

Adam Esteves foi a décima sexta pessoa a saltar no dia do acidente. Foi antecedido por um primo que o acompanhava no passeio. Depois de saltar, os instrutores soltaram a corda lentamente até o primo alcançar o chão, descer e retirar o equipamento. Em seguida, ele aguardou no ponto de pouso para assistir o salto de Adam Esteves.  

“O Adam convidou o primo para passear com ele. Veja você, meu filho pagou R$ 130,00 para morrer e gastou outros R$ 130,00 para o primo dele ficar traumatizado. Ele foi parar no hospital em estado de choque. Agora, já está em casa mas não para de lembrar do que aconteceu e chorar. Os dois eram muito amigos, cresceram juntos”, afirmou Luiz