Minhas “imperfeições” podem ser belas. E as suas também, princesa

Por Flavia Azevedo

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Publicado em 25 de maio de 2018 às 05:00

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Carão da Semana O carão desta semana tá no sol, cheio de sardinhas, curtindo a representatividade no casamento do povo da realeza. Não é importante, mas é. Minhas “imperfeições” podem ser belas. E as suas também, princesa! Belina é puro amor,  Marcela ajuda em processos de imigração, Joice faz refletir nos palcos, Lau cuida de corpos e emoções, Laura lança livros. Todas, todas elas, sonham e nos provocam: “O seu desejo, qual é?” Laura Castro Laura Castro  é mãe de Benjamin, íntima das palavras e ama fazer livros. “Gosto de olhar o mundo com as lentes da poesia”, diz essa baiana formada em Letras, mestra em Literatura e doutora em Artes Cênicas. Ela pesquisa a criação literária experimental e ama salas de aula. Sonha com publicações de textos produzidos em comunidades. Atualmente, os desafios são criar o filho, cuidar dos pais e divulgar O Armarinho [fique são], seu quinto livro, que acaba de ser publicado. Participa do coletivo Sociedade da Prensa e do selo EDTÓRA, botando fé na autopublicação como estratégia política para o desenvolvimento do campo literário brasileiro. Joice Aglae Joice Aglae  é uma gaúcha que veio fazer mestrado em Salvador e acabou ficando. É ela que conversa com a gente, até o dia 17 de junho, no Teatro Sesi Rio Vermelho (Salvador). Com o espetáculo ConFabulAções, a diretora trata de violências contra a mulher e estereótipos femininos. A montagem traz a “bufonaria” como linguagem para falar do que é sério de maneira risível, numa dramaturgia que passa pela denúncia de violências cotidianas, chegando a visões de mitos que reforçam estereótipos femininos. O espetáculo é parte de um projeto que envolve também mesas-redondas, rodas de conversa e performances, entre os dias 12 e 17 de junho, com atividades no Teatro Raul Seixas e no Sesi Rio Vermelho. Lau Sacramento  nasceu em uma das verdadeiras famílias tradicionais brasileiras. Sendo assim, foi uma daquelas irmãs mais velhas que tiveram que cuidar dos caçulas. De família pobre, criou um mundo lúdico particular no qual a melhor brincadeira era cuidar dela mesma. Decorava as próprias unhas e fazia ginástica copiando os movimentos das revistas até que descobriu o desejo de cuidar de outras mulheres. Depois de ganhar uma bolsa integral do Prouni, se profissionalizou. Hoje é terapeuta bioortomolecular e pós-graduada em Estética e Cosmética. Atende em domicílio, tratando de corpos e autoestimas. Mais do que isso, “espalho o meu amor”. O contato é 71 9 9201 0086. Marcela Oliveira Só na cabeça de quem nunca se arriscou pode parecer fácil desembarcar, para ficar, num país estrangeiro. A psicóloga pernambucana Marcela Oliveira viveu essa experiência quando chegou à Itália. Das suas próprias dificuldades, nasceu um curso de busca ativa de trabalho. Nele, estrangeiros são ajudados na inserção no mercado italiano. Fez uma parceria com a Randstad (agência de empregos holandesa) e com o Consulado Geral do Brasil em Milão. Mais de 500 pessoas já passaram pelo curso que acabou gerando um outro projeto: o Integrationnow.wordpress.com que, de forma gratuita, oferece suporte para o processo de integração sociocultural de estrangeiros na Itália. 

Vale o print Mulherão Todo ano, são três dias de festa, no aniversário dela. Neste ano, pode até ser mais tempo. É que Belina Aguiar Gil Moreira faz 80  anos, amanhã. E esse mulherão, primeira esposa de Gilberto Gil, tem muito o que (e com quem) celebrar. Mãe de Marília e Nara. Avó de João, Pedro, Lucas e Gabriel. Amiga de tantos que nem dá pra contar. Professora de Literatura daquelas tão boas e apaixonadas que, até hoje, está nas salas de aula. Inspirou a música Amor até o Fim, composta por Gil e eternizada na voz de Elis. Belina tem o dom de inspirar. Inspira alunos a gostar de ler e amar os escritores. Inspira amigos, com a própria alegria, a gostar de viver. E de amar. É ela quem diz “acredito até que não amo pessoas, mas o sentimento”. Contabiliza relações bem-sucedidas com alunos, família e amigos. Tanto que é daquelas raras pessoas que podem dizer, com firmeza: “Sim, eu sou feliz”.