Ministério do Trabalho será extinto e dividido em três pastas

Atribuições serão dadas a Economia, Cidadania e Justiça

Publicado em 3 de dezembro de 2018 às 11:24

- Atualizado há um ano

. Crédito: Tomaz Silva/Ag. Brasil

O futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que o Ministério do Trabalho será extinto no governo Bolsonaro, em entrevista nesta segunda-feira (3). Segundo Lorenzoni, as atribuições da pasta serão divididas entre Cidadania, Economia e Justiça. De acordo com a matéria da Folha de S. Paulo, essa declaração reflete uma mudança no que foi dito pelo presidente eleito - de que a pasta continuaria com o status de ministério. 

Na nova estrutura, a secretaria que trata de concessão sindical e o combate ao trabalho escravo ficarão sob a gestão de Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública). Já as políticas públicas que tratam de emprego serão divididas entre o Ministério da Economia, para o qual foi escolhido Paulo Guedes, e Cidadania, que será assumido pelo deputado federal Osmar Terra (MDB-RS).

"Na verdade, o atual Ministério do Trabalho como é conhecido, ele ficará uma parte no Ministério do Dr. Moro (Justiça e Segurança Pública), outra parte com o Osmar Terra (Cidadania) e outra parte com o Paulo Guedes lá no Ministério da Economia", disse Lorenzoni em entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã desta segunda-feira, dia 3.

Ainda segundo Lorenzoni, o desenho do primeiro escalão já está quase concluído e tem previsão de ser divulgado esta semana, durante visita de Bolsonaro a Brasília. O presidente eleito já anunciou 20 ministérios e deve escolher também esta semana o chefe de Meio Ambiente. Ainda falta definir se a pasta de Direitos Humanos terá status de ministério. A advogada e assessora no gabinete do senador Magno Malta (PR-ES), Damares Alvez, é a mais cotada para o posto.

"Nós vamos ter 20 ministérios funcionais e tem dois ministérios que são ministérios eventuais. É o caso do Banco Central, que quando vier a independência, ele deixa de ter status de ministério e o segundo é a AGU que nós pretendemos fazer um ajuste constitucional e quando isso tiver definido, não há necessidade de ter status", afirmou.

Até agora, Bolsonaro já anunciou 20 ministérios e a expectativa é que ele anuncie o resto da equipe nesta semana. Falta anunciar o nome do ministro do Meio Ambiente e dos Direitos Humanos. O presidente eleito vem à Brasília na terça-feira, 4, e terá reuniões com as bancadas dos partidos.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Lorenzoni reforçou que o nome da pastora Damares Alves é o "mais provável" de se confirmar para chefiar a pasta dos Direitos Humanos. "Ela (Damaraes) é a mais provável que seja confirmada ao longo da semana, mas quem confirma sempre é o presidente", ressaltou.

*participante da 13ª turma do programa Correio de Futuro, com supervisão da repórter Amanda Palma