Minoria absoluta na Copa América, equatorianos querem surpreender

Amarelo do Equador foi engolido pelo vermelho do Chile na Fonte Nova

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  • Vitor Villar

Publicado em 21 de junho de 2019 às 20:51

- Atualizado há um ano

. Crédito: Vitor Villar / CORREIO

Com os baianos indo em peso curtir o São João no interior, o duelo desta sexta-feira (21) entre Chile e Equador ficou aberto para uma autêntica invasão estrangeira. E foi isso mesmo o que se viu, mas apenas de uma nacionalidade.

Uma multidão vermelha da 'La Roja' - o apelido da seleção chilena, atual bicampeã - compareceu à Fonte Nova. As camisas do Equador eram apenas pontos espaçados na arquibancada - e olha que ainda entram nessa conta as blusas da Seleção Brasileira e da Colômbia.

Os poucos equatorianos que foram ao estádio garantem: é normal se sentirem minoria na América do Sul. "Equatorianos você sabe que não tem muitos assim pelo mundo, não é mesmo? Somos um país pequeno, então estamos acostumados a isso", diz Juan Pablo Coartes.

E olha que o Equador nem é tão pequeno assim. Com 13,7 milhões de habitantes, é o sétimo dos dez países sul-americanos em população, à frente de Uruguai, Paraguai e Bolívia. O Chile tem pouco mais de 17 milhões, por exemplo.

O fato é que, pelo menos na Fonte Nova, havia uma goleada de público. "Não tem nada, dá muito mais vontade de torcer assim. Somos poucos mas gritamos muito na torcida. Você vê toda essa galera vermelha no estádio e quer ganhar deles. A festa é boa, os chilenos estão empolgados porque o time deles é o atual bicampeão", comenta Juan Pablo.

Juan Pablo e Adriana Andrade, ambos equatorianos, estão familiarizados com o português porque moram em Maceió há sete anos. Não é o caso de Juan Tobar, que veio de Guayaquil para a Copa América.

Tobar não se surpreendeu com a maioria chilena na Fonte Nova: "Normal, tem sido assim no campeonato. Acho que por terem sido campeões das últimas duas Copa América a torcida deles está muito confiante de que vão ganhar de novo".

O equatoriano acredita que sua seleção pode surpreender: "Não somos favoritos como Brasil, Argentina ou Chile. Mas futebol não tem lógica, vamos ver o que vai ocorrer", disse, antes da partida começar. No fim, não ocorreu o que ele gostaria: o Equador acabou derrotado por 2x1.