Moraes manda prender blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio

Ele descumpriu medida restritiva ao sair para visita a ministério

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  • Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2020 às 13:37

- Atualizado há um ano

. Crédito: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta sexta-feira (18) a prisão preventiva do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, que estava em prisão domiciliar. 

Eustáquio descumpriu as restrições impostas pelo STF para sua prisão domiciliar. Ele saiu de casa e foi até o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. O monitoramento eletrônico registrou o deslocamento. 

A Vara de Execuções Penais da Justiça do DF afirmou ao STF que não houve nenhuma autorização para que Eustáquio deixasse a prisão domiciliar. 

“Após sucessivas oportunidades concedidas ao investigado, ele continuou a insistir na prática dos mesmos atos que lhe foram anteriormente vedados por expressa determinação da Justiça, situação que revela a inutilidade das medidas cautelares impostas, bem como a própria ineficácia da prisão domiciliar, haja vista que Oswaldo Eustáquio Fillho, ao invés de permanecer no interior da sua residência cumprindo o que lhe fora determinado, continuou circulando livremente além do limite permitido”, escreveu o ministro na ordem de prisão.

Desde junho, Eustáquio é investigado no inquérito que apura organização e financiamento de atos antidemocráticos no país. Ele viajou para São Paulo, mesmo sem autorização, e postou ataques nas redes sociais contra o então candidato à prefeitura da cidade, Guilherme Boulos (PSOL).

Na época, a Polícia Federal confirmou o descumprimento da ordem do STF, e o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, determinou uma nova busca e apreensão e a prisão domiciliar de Oswaldo Eustáquio, que passou a usar a tornozeleira. 

Eustáqui alega ser um perseguido político e insistia por uma reunião com a ministra Damares Alves. No ministério, contudo, foi recebido pelo ouvidor nacional dos Direitos Humanos, Fernando César Pereira. Depois, alegou que a reunião foi uma "armadilha" justamente para ele acabar preso.